segunda-feira, 17 de novembro de 2014

VOYAGE TO THE BOTTOM OF THE SEA aka VIAGEM AO FUNDO DO MAR - 1ª TEMPORADA DUBLAGEM CLÁSSICA



Irwin Allen foi um dos produtores que reinventaram o gênero aventura para a televisão. As quatro séries produzidas por ele, na década de 1960, se transformaram em um marco, permitindo novas possibilidades para a exploração do gênero na TV.
Tendo um orçamento limitado, as produções televisivas perdiam para os filmes do cinema. Mas, na década de 1960, as superproduções cinematográficas começaram a cair em declínio, dando lugar a filmes mais intimistas e alternativos, fortemente influenciados pela produção europeia. Essa linha narrativa também chegou à TV, com séries dramáticas questionando o valor da sociedade, do governo e da vida. Mas também foi nesse período que a ficção científica passou a se dedicar mais ao público adulto.
Na década de 1960, com a corrida espacial dominando o imaginário do público e a abertura conquistada por produções como “Além da Imaginação” e “Quinta Dimensão”, um número maior de séries desse gênero surgiram. Assim, Irwin Allen trouxe para a TV o entretenimento das produções blockbusters. Suas séries ficaram marcadas como superproduções que dominavam a telinha. Todas utilizavam cenários grandiosos, alguns dos quais impressionam até hoje. Temos como exemplo “Terra de Gigantes”, a quarta série desta safra, também composta por “Viagem ao Fundo do Mar“, “Perdidos no Espaço” e Túnel do Tempo”.
Conhecido na década de 1970 como o mestre do cinema catástrofe, graças a filmes como “O Destino do Poseidon” (e sua sequência), “Inferno na Torre” e “O Dia em que o Mundo Acabou”, Irwin Allen deu início a uma carreira de sucessos na TV com a versão de seu filme “Viagem ao Fundo do Mar”.
Interessado pela vida marinha e vencedor do Oscar pelo documentário “The Sea Around Us”, de 1951, Allen escreveu e produziu o filme “Viagem ao Fundo do Mar” em 1961, para a 20th Century Fox. Visivelmente influenciado pela obra de Julio Verne, Allen introduziu ao público da época as aventuras de um submarino nuclear, que tinha a função de pesquisar a vida marinha e seus benefícios para a humanidade.
A história do filme tem como base a descoberta do Cinturão de Van Allen ocorrida em 1958. Trata-se de uma região no espaço que concentra partículas no campo magnético da Terra, provocando vários fenômenos atmosféricos. O nome do Cinturão foi uma homenagem ao Dr. James Van Allen, que conduziu as pesquisas que levaram à sua descoberta.
Impressionado com o fato, Irwin decidiu escrever um filme explorando a ideia do que poderia ocorrer caso as radiações provocadas pelo Cinturão atingissem a Terra em sua totalidade. Assim, na versão cinematográfica, a tripulação do submarino Seaview (que traduzindo significa ‘vista para o mar’) precisa salvar a Terra da ameaça de uma total incineração provocada pela radiação do cinto de Van Allen.
Com roteiro assinado por Allen e Charles Bennett, o filme foi estrelado por Walter Pidgeon, que interpretou o Almirante Nelson, responsável pela Fundação Nelson de Pesquisas Submarinas, que criou o Seaview.
A bordo estavam o Capitão Lee Crane (Robert Sterling), Comandante Lucius Emery (Peter Lorre), Tenente Chip Romano (Frankie Avalon), Tenente Cathy Connors (Barbara Eden, de “Jeannie é um Gênio”), que era a noiva de Crane, Dra. Susan Hiller (Joan Fontaine), psicóloga, e Miguel Alvarez (Michael Ansara, marido de Eden na vida real), cientista civil.
Bem como o restante da tripulação, na qual se encontravam os marinheiros Kowski (Del Monroe) e Smith (Mark Slade). Apenas os dois últimos atores migrariam para a série de TV, sendo que o personagem de Monroe passou a ser chamado de Kowalski e o de Slade, visto apenas na primeira temporada, chamava-se Malone.

Richard Basehart (Esquerda), David Hedison, Del Monroe, Terry Becker e Robert Dowdell 

O sucesso do filme fez com que Allen oferecesse ao estúdio o projeto de uma adaptação para a TV. Apontando a vantagem de que nenhum custo extra seria necessário para a fabricação do cenário e maquetes, Allen conseguiu a autorização do estúdio para produzir a série. Não querendo ficar preso a uma série, Walter Pidgeon recusou-se a voltar a interpretar o Almirante Nelson. Em seu lugar foi contratado Richard Basehart, mais jovem que Walter, mas com uma impressionante carreira no teatro e no cinema.

Irwin Allen nas gravações de O TUNEL DO TEMPO

Irwin Allen no SEAVIEW

O ator esteve em clássicos como “A Estrada da Vida”, de Federico Fellini, “Os Irmãos Karamazov” e “Moby Dick” antes de migrar para as séries de TV no início dos anos de 1960. Depois de algumas participações especiais em várias séries de sucesso da época, Basehart aceitou estrelar “Viagem ao Fundo do Mar”, com o objetivo de conseguir dinheiro para produzir suas peças no teatro.  Sua presença no elenco convenceu David Hedison a aceitar o convite de Allen para interpretar o Capitão Lee Crane, substituindo Sterling. Na versão para a TV, Crane não tinha noiva, ficando livre para viver suas aventuras e se envolver com outras mulheres. Curiosamente, Hedison tinha sido a primeira escolha de Allen para o personagem no cinema. Mas o ator recusara o papel.
No lugar de Peter Lorre entrou  Henry Kulky, que interpretou o Chefe Curley Jones. Quando o ator morreu, em 1965, foi substituído por Terry Becker, que interpretou o Chefe Sharkey, personagem originalmente oferecido a James Doohan, que preferiu trabalhar em “Jornada nas Estrelas”, onde deu vida ao personagem Scotty. Em substituição ao ator e cantor Frankie Avalon, Allen contratou Robert Dowdell, como Tenente Chip Morton.
Entre os coadjuvantes estavam Paul Carr, como Bill Clark e posteriormente interpretando diferentes membros da tripulação; Derrick Lewis e Gordon Gilbert, alternando-se como o marinheiro O’Brien; Paul Trinka, como Patterson; Arch Whilling, como Sparks, responsável pelas comunicações; Richard Bull, como o médico de bordo; e Nigel McKeand, operador de sonar, que no episódio piloto foi interpretado por Christopher Connelly. O ator Allan Hunt uniu-se ao elenco a partir da segunda temporada, como Stu Riley.
A primeira temporada começou a ser filmada em novembro de 1963, estreando em setembro de 1964. Apenas o episódio piloto foi filmado a cores, os demais foram feitos em preto e branco. O motivo era simples. Ao vender a ideia para o estúdio, Allen alegou que poderia reutilizar cenas do filme, em especial aquelas que mostravam o submarino e o fundo do mar, poupando os gastos para a produção da série.
O submarino, criado por Jack Martin Smith, Herman Bluementhal, Lyle Abbott e Herbert Cheek, era a principal ‘estrela do show’. Sem conseguir o apoio da marinha, que temia revelar segredos em função da Guerra Fria, a equipe precisou recorrer a antigos filmes bélicos para criar o Seaview.



Sem ter visto um submarino por dentro e sem ter acesso às plantas, a equipe também fez uso dos recursos do Museu de Ciências de Chicago onde, através de visitas em grupos turísticos, faziam rápidas anotações e desenhos do interior de submarinos alemães, capturados no final da 2ª Guerra. Tudo às escondidas para não levantarem suspeitas.
Mais tarde, a produção do filme conseguiu o apoio da Marinha, que chegou a enviar representantes para visitarem os cenários e darem opiniões. Quando a série foi produzida, a equipe responsável pela criação do Seaview não estava mais disponível. Utilizando os mesmos cenários, a série continuou atraindo o interesse de militares, entre eles, o então Presidente do Brasil Marechal Costa e Silva, que em 1967 visitou os bastidores de produção da série.
Situada uma década à frente, a primeira temporada trouxe histórias que exploravam tramas de espionagens e complôs, ambientadas em um cenário de ficção científica, em função da presença do submarino nuclear e seu arsenal. Alguns dos planos dos vilões vistos nesses episódios também acrescentavam uma visão futurística, na maioria das vezes mantendo-se dentro dos limites das possibilidades científicas.
Na época, os roteiristas não estavam acostumados a escrever para esse tipo de programa. Assim, produziam textos que giravam em torno daquilo que conheciam, com a diferença que as histórias eram situadas dentro de um submarino nuclear. Já na primeira temporada, começaram a surgir episódios que traziam monstros e seres espaciais, que destoavam na narrativa dos demais. Mas esse tipo de história passou a dominar a produção da série quando ela foi renovada para a segunda temporada, ganhando episódios a cores.
Buscando elevar sua audiência, Allen optou por roteiros mais voltados à ficção científica e à aventura, tendo em vista que produções como “O Agente da UNCLE”, que se apoiava na paródia explorando elementos de fantasia, ganhava cada vez mais popularidade. Assim, Allen alterou radicalmente o rumo de “Viagem ao Fundo do Mar”.
Trazendo roteiros que passaram a ser popularmente conhecidos como ‘o monstro da semana’, os episódios também trouxeram um novo veículo: o subvoador, que permitia aos membros da tripulação saírem do submarino para chegar mais rápido em Terra, ampliando as possibilidades de novas aventuras. Para acomodar o veículo à bordo, os cenários da sala de observações foram alterados, permitindo a inclusão de uma escotilha, que levava ao subvoador.



A série manteve sua popularidade, entrando em seu terceiro ano de produção. No entanto, nessa época, a rede ABC, que exiba “Viagem ao Fundo do Mar”, anunciou cortes no orçamento. Desta forma, foram reduzidos os gastos com efeitos especiais, cenários, figurinos e equipe de roteiristas. Profssionais já contratados pelo estúdio substituíram aqueles que formavam  a equipe da série e foram dispensados (alguns foram parar na série “Missão: Impossível”). Os roteiros também contavam com os serviços de free lancers de baixo custo. Como resultado, aumentou o número de episódios com monstros e a reutilização de cenas já filmadas para a série ou outras produções da Fox.
Renovada para a quarta temporada, a série já estava com ‘seus dias contados’. Nem tanto pela audiência, que ainda era boa, mas pelo desgaste e descontentamento de seus protagonistas, Richard Basehart e David Hedison, que manifestavam estar cansados do tipo de roteiros que lhes eram oferecidos.
Porém, o que pode ter determinado seu final foi o interesse de Irwin Allen em produzir “Terra de Gigantes”, série que tinha um orçamento elevado para a construção dos cenários e filmagens dos roteiros. Nessa época, a Fox produzia três séries de Irwin Allen: “Viagem ao Fundo do Mar” (ABC), “Perdidos no Espaço” (CBS) e “Túnel do Tempo” (ABC). Embora não exista uma razão única e definitiva para o cancelamento dessas produções, as negociações para conseguir produzir “Terra de Gigantes” podem ter determinado o fim de cada uma delas.
As séries “Viagem ao Fundo do Mar” e “Perdidos nos Espaço” saíram do ar em março de 1968, enquanto que “Túnel do Tempo”, que tinha uma audiência menor, exibiu seu último episódio em abril de 1967. “Terra de Gigantes” estreou em setembro de 1968, mas seu alto custo determinou o fim da série, que foi cancelada em 1970.
“Viagem ao Fundo do Mar” teve um total de 110 episódios produzidos. Passando de thriller psicológico para série de aventura e fantasia, a produção conseguiu se transformar em uma das mais populares e cultuadas pelos fãs do gênero.  Episódios como “O Exílio”, “O Motim”, “Os Inimigos”, “A Vigília da Morte”, “A Nave Fantasma”, “O Soro da Juventude”, “O Homem das Mil Faces”, “A Bomba Humana”, “Fuga de Veneza”, “As Bonecas Mortais” e tantos outros, fazem parte da memória afetiva de uma geração.
A série já teve seus episódios lançados em DVD no mercado americano. O segundo e último volume, da quarta temporada foi disponibilizado em janeiro de 2011. Por aqui, ‘nem cheiro’. Segundo a distribuidora Fox, eles não estão autorizados a lançarem as produções de Irwin Allen no Brasil.
Mesmo sabendo que teria boa venda, à exemplo de “Perdidos no Espaço”, que após seis anos de seu lançamento original ainda parece dar lucro à distribuidora (que continua disponibilizando novas unidades no mercado), a Fox não libera os demais títulos produzidos por Irwin Allen para a TV.



Formato: Avi
Qualidade: DVDRip
Tamanho: Entre 300 e 600MB
Idioma: Português - Dublagem Clássica
Duração: 50 minutos por episódio

Links Minhateca e Mega
senha p/descompactar cada episódio
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1º Episódio - Onze Dias a Zero

2º Episódio - A Cidade Submersa

3º Episódio - Os Fabricantes do Medo

4º Episódio - A Névoa do Silencio

5º Episódio - Pavor a Bordo

6º Episódio - O Céu Vem Abaixo

7º Episódio - Recuados no Tempo

8º Episódio - A Aldeia Misteriosa

9º Episódio - Linha Quente

10º Episódio - O Naufrágio do Seaview

11º Episódio - A Arma Misteriosa

12º Episódio - Sem saída

13º Episódio - As Tempestades de Neve

14º Episódio - O Espírito de Moby Dick

15º Episódio - Viva o Rei

16º Episódio - O Chefe

17º Episódio - A Última Batalha

18º Episódio - O Motim

19º Episódio - O Dia do Juizo Final

20º Episódio - Os Invasores

21º Episódio - O Homem Indestrutível

22º Episódio - O Plano Diabólico

23º Episódio - O Computador Humano

24º Episódio - O Sabotador

25º Episódio - O Monstro Submarino

26º Episódio - Os Anfíbios


Viagem ao Fundo do Mar” (Voyage to the Bottom of the Sea, 1961)


    Uma expedição científica de rotina ao Pólo Norte transforma-se em uma corrida para salvar a vida sobre a Terra, quando um cinturão de radiação no espaço incendia-se e começa a aquecer o planeta de maneira incontrolável. O Almirante Nelson (Walter Pidgeon) e a tripulação do submarino atômico Seaview enfrentam sabotadores, criaturas marinhas gigantescas e ataques de submarinos durante sua corrida para evitar a catástrofe global. Famosos por seus filmes sobre catástrofes, Irwin Allen, produz e dirige este elenco de astros e estrelas, incluindo Joan Fontaine, Barbara Eden, Peter Lorre, e Frankie Avalon. efeitos visuais impressionantes e numa fotografia submarina magnífica fazem dessa obra um dos mais respeitados clássicos de ficção científica de todos os tempos. 

    O lendário cineasta e produtor Irwin Allen (1916 / 1991) teve seu nome eternamente ligado ao gênero fantástico graças a sua contribuição na criação de vários filmes e séries de TV que tornaram-se inesquecíveis e imortalizados entre os apreciadores do estilo. Séries como “Viagem ao Fundo do Mar” (Voyage to the Bottom of the Sea, 64/68), “Perdidos no Espaço” (Lost in Space, 65/68), “Túnel do Tempo” (The Time Tunnel, 66) e “Terra de Gigantes” (Land of the Giants, 68/69), e filmes como “O Mundo Perdido” (The Lost World, 60) e “Cidade Sob o Mar” (City Beneath the Sea, 70), são alguns exemplos de seus trabalhos que ficaram registrados para sempre na história do cinema de Ficção Científica e Horror.
 
    No filme, um poderoso submarino atômico chamado “Seaview” tem a importante missão de salvar o mundo de uma terrível ameaça da natureza, na forma de um cinturão de fogo que se formou ao redor do planeta, aumentando a temperatura para níveis cada vez mais crescentes, derretendo as camadas polares e causando incêndios nas florestas. A tripulação do submarino é formada por militares e civis pesquisadores, sob o comando do cientista Almirante Harriman Nelson (Walter Pidgeon), ao lado do oficial Capitão Lee Crane (Robert Sterling), além do Comodoro Lucius Emery (Peter Lorre), a psicóloga Dra. Susan Hiller (Joan Fontaine), que estava à bordo para estudar o comportamento da tripulação sob situações de forte pressão psicológica, a Tenente Cathy Connors (Barbara Eden), o cientista civil Miguel Alvarez (Michael Ansara), que fora resgatado de um acidente em alto mar, e o Tenente Danny Romano (o cantor pop Frankie Avalon, que aproveitou a oportunidade para tocar música numa corneta), entre outros.

    O plano de salvação do planeta, meticulosamente estudado pelo Almirante Nelson e o Comodoro Emery, consiste em lançar um míssil com o objetivo de motivar a auto destruição do cinturão de fogo, com o local, a trajetória, a velocidade, e o horário de lançamento matematicamente calculados para atingir o alvo de forma precisa. Porém, o plano foi debatido numa conferência internacional e recebeu forte oposição, principalmente pelo cientista Dr. Zucco (Henry Daniell), que alegava que o cinto radioativo se extinguiria sozinho ao atingir uma determinada temperatura, um pouco inferior ao limite máximo suportável pela vida na Terra. Para não correr riscos, o Almirante Nelson decide então agir por conta própria e mesmo sem autorização ele comanda uma missão do Seaview dirigindo-se ao local exato para o lançamento do míssil, sendo perseguido por um outro submarino que tenta impedi-lo.
 
    Entre as diversas aventuras que o Seaview enfrenta estão uma tempestade submarina de enormes pedaços de gelo desprendidos pela alta temperatura no Pólo Norte, um grupo de minas explosivas impedindo o caminho, o ataque de um polvo gigante, as ações misteriosas de um sabotador interno, e o ataque de mísseis de um submarino perseguidor, que não suportou a gigantesca pressão exercida na profundidade do oceano.

    “Viagem ao Fundo do Mar” é um divertido filme de Ficção Científica, apresentando um submarino atômico futurista capaz de realizar uma série de missões científicas para o bem da humanidade, e estratégias militares para a decisão dos rumos da guerra fria, bastante em evidência naquela época, no início dos anos 60. O roteiro é simples e despretensioso, não se preocupando com as várias situações inverossímeis e clichês tradicionais, nem se prendendo em detalhes técnicos, preferindo evidenciar os momentos de ação e aventura enfrentados pela tripulação do submarino nos infindáveis mares de nosso planeta. O diretor Irwin Allen inspirou-se na clássica história de Julio Verne “20.000 Léguas Submarinas” para idealizar a criação de seu filme de aventura aquática (e depois série de TV).
   
    Os efeitos especiais são modestos, mas eficientes para a época da produção, e o maior destaque certamente é o grande elenco liderado por Walter Pidgeon (de “Planeta Proibido”) e Peter Lorre (grande astro de inúmeros outros filmes de horror), além do suporte de atrizes como Joan Fontaine e a bela Barbara Eden (mais conhecida pela série de TV “Jeannie é um Gênio”). Com o sucesso do filme, os executivos da Fox incentivaram Irwin Allen a criar uma série de TV entre 1964 e 68, que teve 110 episódios de 50 minutos de duração em suas 4 temporadas. Uma das grandes características da série foi o baixo custo de produção, reciclando muitos materiais utilizados no filme como cenários e várias maquetes do submarino. Para a série foram recrutados outros atores e redefinidos vários personagens, sendo que o papel do Almirante Nelson foi para Richard Basehart e o imediato em comando Capitão Crane ficou para David Hedison. Curiosamente o ator Del Monroe participou de ambas as produções no papel do marujo Kowalski.

    É interessante notar como a primeira temporada da série foi marcada por episódios com roteiros mais “sérios”, abordando temas de espionagem, sabotagem e thrillers, num estilo mais próximo do filme de 1961, e que nos anos seguintes as histórias foram alteradas para argumentos mais populares, com a inclusão de alienígenas, fantasmas, assombrações, monstros submarinos e com todo tipo de criaturas exóticas e cientistas loucos tentando dominar o mundo.

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Formato: MKV / BRRip
Tamanho: 1,85 GIGA
Duração: 1:44 Hs
Idioma: Inglês
Legendas: Portugues, inclusas na pasta


Viagem ao Fundo do Mar (Voyage to the Bottom of the Sea, Estados Unidos, 1961). Fox.
Duração: 115 minutos. 
Direção e produção de Irwin Allen. 
Roteiro de Irwin Allen e Charles Bennet, a partir de história de Irwin Allen. 
Fotografia de Winton C. Hoch e John Lamb (cenas submarinas). 
Música de Paul Sawtell e Bert Shefter. 
Edição de George Boemler e Roland Gross. 
Direção de Arte de Herman A. Blumenthal e Jack Martin Smith. 
Efeitos Especiais de L. B. Abbott. 
Elenco: Walter Pidgeon (Almirante Harriman Nelson), Joan Fontaine (Dra. Susan Hiller), Barbara Eden (Tenente Cathy Connors), Peter Lorre (Comodoro Lucius Emery), Robert Sterling (Capitão Lee Crane), Michael Ansara (Miguel Alvarez), Frankie Avalon (Tenente Danny Romano), Henry Daniell (Dr. Zucco), Del Monroe (Kowalski), Regis Toomey, John Litel, Howard McNear, Skip Ward, Mark Slade, Charles Tannen.

                                                                     A série

Viagem ao Fundo do Mar foi o primeiro seriado criado e produzido por Irwin Allen, como uma sequência de um filme de 1961 dirigido pelo próprio,  e acabou se tornando mais uma das séries criadas por Allen que seria clássica nos anos 60. O seriado continha uma cena muito famosa: enquanto o submarino sacudia, com os atores sendo lançados de lá para cá os lápis sobre a mesa permaneciam imóveis.


  O primeiro episódio da Viagem ao Fundo do Mar foi ao ar pela rede americana ABC no dia 14 de setembro de 1964, e a primeira temporada - a produzida em preto e branco - é considerada a melhor pela crítica. É indiscutível que a estrela do seriado era o  Seaview, o submarino mais poderoso e avançado da terra, um testemunho para o gênio de seu criador, Harriman Nelson. O Seaview assumiu uma variedade de missões, e por conseguinte levou muitos passageiros: espiões, políticos, líderes mundiais, homens militares, náufragos, estrangeiros, monstros e cientistas.
  


 




A falta de continuidade no perfil dos personagens se tornou o calcanhar de Aquiles da série, o que acabou levando-a ao final no dia 15 de setembro de 1968, com um total de 110 episódios produzidos. Estes desencontros nos roteiros coincidiram com a exigência da ABC em cortar verbas de todas as produções, levando o seriado de Irwin Allen literalmente para o fundo do mar. Foi preciso dispensar bons roteiristas e contratar freelances por preços módicos e ideias não muito brilhantes.
                                                                 Bastidores

  A construção do Seaview foi bastante complicada. Em primeiro lugar, os técnicos em efeitos especiais não tinham a menor ideia de como era um submarino por dentro. Para resolver o problema eles recorreram à Marinha americana, que prontamente se negou a qualquer ajuda. Os Estados Unidos estavam em plena guerra fria e não seria de bom tom distribuir as plantas dos submarinos americanos (bem...na verdade os técnicos queriam apenas uma "ideia", mas nem isso conseguiram das forças navais). 



 O jeito então foi a equipe se enfurnar em bibliotecas e museus para pesquisar os submarinos usados durante a Segunda Guerra Mundial. O que acabou salvando a pátria foram as anotações conseguidas pela produção sobre a parte interna de um submarino alemão capturado durante a guerra. Só depois de tudo pronto foi que oficiais da Marinha americana deram o ar da graça e visitaram os cenários do Seaview para dar pitaco sobre o que poderia estar certo ou errado.

 Outra curiosidade é que nas cenas em que o submarino era atacado, alguém da equipe técnica ficava segurando um balde e um martelo. Toda vez que ele batia o balde com o martelo, todos os atores inclinavam-se para a esquerda enquanto a câmara se inclinava para a direita.

                                                                 A História

  O Veterano da Marinha, Nelson, é o Comandante do Seaview, um submarino atômico, cujas missões incluem o contato com desconhecidos monstros marinhos, combate a criminosos e quaisquer ameaças a segurança dos Estados Unidos. Apesar de ser classificado como submarino de pesquisas (de formas de vida nos oceanos do mundo), o Seaview envolve-se constantemente em conflitos armados. 


  Além de Nelson cabe ao Comandante Crane organizar todo o serviço do submarino. Crane tem um contato maior com a tripulação, principalmente com o firme primeiro oficial, Chip Morton. Além deles temos: Curley Jones que foi substituído pelo Chefe Sharkey; e os Marinheiros, Kowalski, Patterson, Riley, e muitos outros menos afortunados que deram a vida deles pelo Seaview. 

 O submarino da série era uma espécie de nave Enterprise de Jornada nas Estrelas: linhas futuristas tanto externa como internamente, um certo conforto como salas enormes e corredores espaçosos - tudo bem diferente do ambiente claustrofóbico dos submarinos que nós estamos acostumados a ver nos filmes. Foi criado também o subvoador, um veículo em forma de arraia que saía debaixo do SeaView, se deslocando rapidamente e com capacidade de voar, acrescentando assim mais um toque futurista.

  Um dos problemas do show, que acabou se tornando frequente, é que apesar de invariavelmente um monstrengo dar as caras e atacar o Seaview, havia sempre um pateta da tripulação achando que "essas coisas de outros planetas não existem" e demorando a tomar as providências cabíveis. Isso tudo apesar do mesmo pateta ter enfrentado um alienígena no episódio anterior. 

                                                           SCREENSHOTS