SINOPSE
Numa noite de sexta-feira, Mike e Debbie namoram no banco de trás do carro, quando vêem uma forte luz que rasga o céu e cai numa clareira. Partem para lá e encontram uma brilhante tenda de circo. São os palhaços assassinos que chegaram do outro mundo
Produced by
Charles Chiodo .... producer
Edward Chiodo .... producer
Stephen Chiodo .... producer
Paul Mason .... executive producer
Christopher Roth .... associate producer
Helen Szabo .... executive producer
Grant Cramer ... Mike Tobacco
ELENCO
Suzanne Snyder ... Debbie Stone
John Allen Nelson ... Dave Hanson
John Vernon ... Curtis Mooney
Michael Siegel ... Rich Terenzi
Peter Licassi ... Paul Terenzi
Royal Dano ... Farmer Gene Green
Christopher Titus ... Bob McReed (as Chris Titus)
COMENTÁRIOS (texto - Palhaços Assassinos: Eles vão te matar ... de rir ! de Felipe M. Guerra retirado do site Boca do Inferno 10/09/2010 )
Palhaços assassinos… do espaço sideral. Puta merda!”.
Ao citar propositadamente o nome original do filme (Killer Klowns From Outer Space), quando os heróis de PALHAÇOS ASSASSINOS vão até a delegacia alertar sobre os acontecimentos bizarros que presenciaram, o veterano guarda Moony, com aquele ar cético típico de policial de filme B norte-americano, parece refletir a mesma incredulidade do espectador. Quer dizer, quem em sã consciência iria imaginar a possível ameaça de palhaços assassinos, quanto mais palhaços assassinos do espaço sideral? E quem iria imaginar um dia assistir um filme sobre palhaços assassinos alienígenas?
Ao atrair o espectador já com seu título bizarro, os responsáveis por PALHAÇOS ASSASSINOS já revelam desde o início que uma coisa têm de sobra: criatividade. E assim fizeram um dos mais memoráveis e absurdos filmes B dos anos 80.
Eu ainda era um garoto entrando na puberdade quando conheci estas excêntricas criaturas, mas lembro que compartilhei do mesmo ceticismo do guarda Moony (interpretado pelo veterano John Vernon, de “Clube dos Cafajestes”) ao ouvir a chamada de PALHAÇOS ASSASSINOS na TV Bandeirantes, naqueles tempos imemoriáveis. Não foi na época em que a Band reprisou o filme no Cine Trash, mas sim anos antes, quando foi exibido num programa “sério” de filmes de horror que a emissora tinha, chamado Cine Mistério, e que passava à noite.
Assim, quando a Bandeirantes exibiu um comercial que tratava o filme – e a ameaça dos palhaços assassinos espaciais – A SÉRIO, como se fosse uma assustadora história de terror, eu vi e pensei comigo mesmo: “Palhaços assassinos espaciais? Não pode ser verdade!”.
E foi assim que PALHAÇOS ASSASSINOS inseriu-se entre os meus filmes B de estimação. Ele é tão colorido, divertido, absurdo, engraçado e criativo que somente uma pessoa muito chata e mal-humorada não iria embarcar na idéia – uma espécie de sátira aos velhos filmes de ficção científica norte-americanos dos anos 50, que sempre traziam ameaças alienígenas vagabundas em pequenas cidadezinhas dos Estados Unidos.
Este é o tipo de filme em que a história não importa (até porque ela é fraquíssima); o que vale é a execução. Em seu caldeirão de cultura pop, os irmãos Chiodo – diretores, produtores e roteiristas deste seu projeto dos sonhos – incluíram referências ao maior número de filmes possíveis, através de situações banais já vistas e revistas em centenas de produções, do velho fazendeiro que vai atrás de um meteoro que viu cair na floresta (tirada de A BOLHA, dos anos 50) aos adolescentes que combatem a ameaça com o descrédito da polícia (situação advinda de qualquer filme do gênero feito nos últimos 50 anos), passando ainda por humanos presos em casulos (à la INVASORES DE CORPOS) e outros clichês do gênero. Enfim, tudo já foi visto antes, e melhor, mas a execução aqui é tão charmosa e criativa que emana um frescor de novidade.
Quem nunca viu o filme – se é que existe tal pessoa, depois que o Cine Trash fez o favor de transformá-lo em cult de toda uma geração – deve estar se perguntando se PALHAÇOS ASSASSINOS é pra valer, levado a sério, ou uma esculhambação assumida.
Bem, acredite se quiser, mas este é um filme esculhambado que se leva a sério. É muito diferente, por exemplo, das produções assumidamente toscas e “quanto pior, melhor” da produtora Troma (tal qual a série “The Toxic Avenger”).
Pelo contrário, PALHAÇOS ASSASSINOS tem uma excelente produção, ótimos (e baratos) efeitos especiais e um elenco desconhecido, mas empenhado, que não fica fazendo competição de quem atua pior. Além disso, o filme raramente extrapola o limite do bom gosto, de maneira que eu não concordo que possa ser considerado, simplesmente, trash – o rótulo que normalmente ganham as produções que, de tão ruins, são boas, embora hoje em dia qualquer filme de terror seja assim chamado.
PALHAÇOS ASSASSINOS é trash? Talvez a idéia, a concepção, sim; mas a realização, com certeza, não é. Estamos diante de um verdadeiro e espirituoso filme B, é verdade, mas muito longe de ser ruim e/ou mal-feito.
Tudo bem, tudo bem, concordamos que é uma esculhambação levada a sério. Mas, afinal, assusta? Óbvio que não! Talvez assustasse se os diretores fosse uns manés quaisquer, que colocassem seus palhaços assassinos atacando a população da cidadezinha com machados e facões afiados.
Mas os irmãos Chiodo são uns caras legais. Eles fizeram um filme onde os palhaços assassinos do espaço sideral usam artifícios criativos para eliminar suas vítimas, através de objetos, situações e brincadeiras elaboradas pelos palhaços como se estivessem num grande circo.
Assim, as pessoas são mortas com torta de creme na cara e armas que disparam pipoca, ou então acabam presas em balões ou casulos de algodão-doce (!!!). No universo bizarro e bem humorado do filme, até um simples jogo de sombras refletidas numa parede pode ser mortal!
E embora inclua umas duas ou três cenas que são um pouquinho mais sérias, e até um tanto arrepiantes – como a do palhaço tentando atrair uma menininha para fora da lanchonete, escondendo uma marreta enorme nas costas -, PALHAÇOS ASSASSINOS não é um filme assustador. A não ser, é claro, que você morra de medo de palhaços, como os próprios irmãos Chiodo.
Na trama, é tarde da noite de uma sexta-feira na pequena cidadezinha americana (fictícia) de Crescent Cove, que bem poderia ter saído de um daqueles filmes sci-fi antigões, onde os jovens se encontram em lanchonetes para comer hamburger e milk-shake, e depois vão namorar no banco traseiro dos seus carros no topo de uma colina, longe dos pais e da polícia.
É ali, no chamado “Top of the World” (Topo do Mundo), que encontramos nossos heróis, o casal Mike Tobacco (Grant Cramer, filho da veterana atriz de Hollywood Terry Moore, que fez vários filmes nos anos 40 e 50) e Debbie Stone (Suzanne Snyder, que apareceu em obras famosas como A NOITE DOS ARREPIOS e A VOLTA DOS MORTOS-VIVOS 2).
Mike e Debbie estão com seu carro estacionado junto com amigos, namorando, curtindo uns bons momentos deitados num bote inflável (!!!) e tomando champanhe, quando algo flamejante cruza a escuridão da noite. Um meteoro, talvez? Debbie, curiosa como toda moça em filmes de terror (e fora deles), insiste para que Mike pegue o carro e vá atrás do meteoro. E ele vai, é claro.
Só que não é um meteoro, como iremos descobrir rapidamente. Um velho fazendeiro também vê o objeto flamejante cruzando o céu e exclama, surpreso, para seu cachorro Pooh: “Você viu só, Pooh? O Cometa Halley pousou aqui no nosso quintal!”. O pobre fazendeiro com fascinantes noções de astronomia é interpretado de maneira propositalmente caricatural pelo veterano Royal Dano (de A CASA DO ESPANTO 2, falecido em 1994), o único que realmente atua como se estivesse numa comédia escrachada.
Com seu cãozinho do lado e levando uma pá e um balde (o que ele esperava fazer, recolher o “Cometa Halley”?), o velho fazendeiro põe-se a atravessar a floresta até o local onde caiu o “meteoro”, imaginando que montes e montes de pessoas virão ao seu quintal para ver aquela formidável atração. Só que no local onde o “meteoro” caiu, ele só encontra uma luminosa tenda de circo. E, do alto de sua ingenuidade caipira, diz bobagens em “caipirês” que perdem a graça e o sentido na tradução, como “What in the blue blazes is the circus doing here in these parts?”, ou “There’s something kinda peculiar around here”. Quaquaquaqua!!!!
Mas vamos nos ater aos fatos: nosso amigo fazendeiro, com sua pá, seu balde e seu cachorrinho chamado Pooh, vão até a tenda com a esperança de conseguir alguns ingressos grátis (hehehe) para o circo. E, assim que se aproximam, descobrem que o circo não é o que parece ser. Principalmente porque uns palhaços medonhos, vestindo roupas berrantes, surgem com armas coloridas que parecem de brinquedo e disparam uns raios rosa-choque no velhote.
Corta de volta para o casal 20, Mike e Debbie, que chega ao mesmo local e também acha o máximo aquela tenda luminosa e colorida. Eles nem estranham muito o fato de a entrada do “circo” ser um túnel colorido e repleto de badulaques. “Parece que este lugar foi decorado por palhaços!”, exclama o muito observador Mike, para depois completar: “Deve ser aquele novo circo europeu”. Caramba!
Zanzando pelo interior do “circo”, os jovens ocasionalmente chegam a um elevador e vão parar primeiro numa colorida estação de energia, depois no que parece um depósito de armazenamento de algodão-doce, com grandes casulos rosa-choque pendurados. “Não sei o que vimos antes, mas com certeza isso é uma fábrica de algodão-doce, e aqui eles penduram o algodão-doce para secar”, arrisca Mike. “Fábrica de algodão-doce”? “Pendurar para secar”? Mas em que mundo será que Mike Tobacco vive???
Não demora para o casal descobrir a verdade, quando puxam um chumaço de “algodão-doce” de um dos casulos e descobrem o corpo semi-corroído do velho fazendeiro aprisionado momentos atrás. Apavorados, Mike e Debbie percebem que não estão num circo, mas sim na terrível nave dos tenebrosos palhaços assassinos do espaço sideral. Numa amostra de que tem um QI privilegiado, Debbie larga uma pérola: “Eu não acredito em UFOS… Mas, se eles existem, estamos presos dentro de um!”. Bem observado, senhorita…
A dupla foge correndo, perseguida primeiro por um palhaço com uma bazuca que dispara pipocas (!!!), depois por dois outros palhaços que “constróem” um cão farejador com bexigas de gás, num dos muitos momentos visualmente criativos do filme – uma piada que, sem dúvida alguma, deve ser aplaudida de pé. O “cão” segue o faro de Debbie e Mike pela floresta, mas é tarde demais: eles já chegaram ao seu carro e estão voltando a mil para Crescent Cove, para alertar as autoridades. Não que isso vá ajudar muito: não se esqueça que estamos num filme de ficção científica classe B!
Trilha sonora
THE DICKIES
Formato: mp3
Taxa de bits: 320 Kbps
Tamanho: 150MB
LINK ÚNICO:
senha p/descompactar
www.cinespacemonster.blogspot.com
LETRA DA MÚSICA KILLER KLOWNS
PT Barnum said it so long ago
There's one born every minute, don't you know
Some make us laugh, some make us cry
These clowns only gonna make you die
Everybody's running when the circus comes into their towns
Everyone is running from the likes of the killer klowns
from outer space
killer klowns from outer space
jocko !
Ringmaster shouts let the show begin
Send in the klowns, then let them do you in
See a rubber nose on a painted face
Bringing genocide to the human race
It's time to take a ride on the nightmare merry-go-round
You'll be dead on arrival from the likes of the killer klowns
from outer space
killer klowns from outer space
Theres cotton candy in their hands
Says a polka-dotted man with a stalk of jacaranda
They're all diabolical bozos
Oh look around what do you see
tell me what's become of humanity
from California shores to New York Times Square
Barnum and Bailey everywhere
If you've ever wondered why the population's going down
blame it on the plunder from the likes of the killer klowns
from outer space
killer klowns from outer space
SCREENSHOTS - VERSÃO DUBLADA
SCREENSHOTS - VERSÃO LEGENDADA