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quinta-feira, 20 de maio de 2021

CALTIKI - ILL MOSTRO IMMORTALE AKA CALTIKI: O MONSTRO IMORTAL (1959)



SINOPSE:

 Ao explorarem as ruínas de uma cidade maia, arqueólogos despertam uma deusa-monstro chamada Caltiki.


DIREÇÃO:
Mario Bava, Riccardo Freda

Direção atribuída a 'Robert Hampton', sendo que Riccardo Freda iniciou o projeto e o abandonou, o deixando a cargo do então diretor de fotografia e responsável pelos efeitos especiais, Mario Bava.


ELENCO:

John Merivale....................Dr. John Fielding

Didi Perego.......................Ellen Fielding

Gérard Herter....................Max Gunther

Daniela Rocca....................Linda

Giacomo Rossi-Stuart ........Assistente do Prof. Rodriguez 

Daniele Vargas..................Bob (membro da expedição)

Vittorio André....................Prof. Rodriguez

Nerio Bernardi...................Inspetor da polícia

Arturo Dominici..................Nieto (membro da expedição


FORMATO:BRrip/MKV
TAMANHO DO ARQUIVO:1.54 GB
DURAÇÃO:1h 17min
PROPORÇÃO DA IMAGEM: 5:31 (1 192 x 720)
PAÍS DE ORIGEM: Itália
IDIOMA:Dual áudio italiano/inglês
LEGENDAS: Português (na pasta compactada)

LINK DO FILME(PASTA COMPACTADA NO ULOZ):


COMENTÁRIOS:

Quando o assunto é fazer boas cópias de fitas de sucesso internacional, ninguém supera os italianos, responsáveis inclusive pela criação do termo “Cinema-Bis”. Neste caso, temos uma cópia que consegue ser melhor que o original, o americano A Bolha (1958).
 
Lançado um ano depois do filme estrelado por Steve McQueen, Caltiki, il Monstro Immortale é uma verdadeira jóia esquecida do cinema fantástico italiano. A conturbada produção repete um pouco a história de I Vampiri, considerado o filme que inaugurou o cinema de horror no país da bota: o diretor Riccardo Freda abandonou as filmagens antes da conclusão, deixando o comando para o então diretor de fotografia Mario Bava. Em entrevistas posteriores, o próprio Freda disse considerar este um filme mais de Bava do que seu. De uma forma ou de outra, o que vemos é uma sucessão de idéias visuais encontradas posteriormente nas futuras obras do cinematógrafo, que no ano seguinte dirigiria seu primeiro filme sozinho, o seminal A Máscara de Satã.
 
O filme começa com um grupo de pesquisadores acampados em plena selva mexicana procurando indícios sobre o fim da civilização Maia, quando um dos membros da equipe chega aos prantos, pronunciando o nome da divindade Caltiki. Quando o resto da equipe parte para investigar o ocorrido, encontra a câmera do outro pesquisador desaparecido dentro de uma caverna-templo radioativa, até então desconhecida. De volta ao acampamento, o conteúdo da película revela que os dois homens foram atacados por algo, numa cena que pode ser considerada o embrião do polêmico Canibal Holocausto (e consequentemente, de A Bruxa de Blair).
Retornando à caverna, os exploradores são atacados por uma gosma ácida, que acaba grudando no braço de Max, amigo do protagonista da fita, o Dr. John Fielding. Levado de volta à Cidade do México, os médicos conseguem remover a goma, mas concluem que uma substância venenosa que entrou na corrente sangüínea do rapaz o levará à loucura, e depois à morte.
 
Alguns testes revelam que a criatura é um ser unicelular (!), mas que só se mantém ativa na presença de radiação. Todos estariam a salvo se, naquele exato momento, um “conveniente” cometa radioativo não estivesse passando próximo a Terra, despertando, assim, a criatura. E para piorar a situação, o contaminado Max, apaixonado pela esposa do Dr. John, foge do hospital e vai atrás da mulher, que se encontra em casa, na companhia de um pedaço da gosma, prestes a atacar.
 
Caltiki revela-se uma mistura de terror e ficção-científica típica da época (década de 50), mas com um diferencial: monstra cenas de horror gráfico que só apareceriam com toda força no ano seguinte, em produções como a japonesa Jigoku, de Nobuo Nakagawa e a já citada A Máscara do Demônio.
Apesar de ser cópia de um “filme B”, Caltiki consegue ser mais “grandioso” que o original, comparando-se as locações, cenários, figurantes etc., sem contar a superioridade técnica dos italianos. Um exemplo dessa “grandiosidade” podemos ver no final, quando o exército dá as caras, munido de lanças-chamas (o original mostrava apenas bombeiros com extintores de incêndio, denotando suas limitações orçamentárias), ou mesmo nas cenas subaquáticas no lago no interior da caverna. A própria criatura aqui é bem mais “interessante”: enquanto a Bolha é apenas gel avermelhado, Caltiki parece uma bolsa escrotal gosmenta.
 
Diante desses detalhes, considero “Caltiki, il Mostro Immortale” uma boa opção aos apreciadores de filmes de ficção científica do período, ou mesmo do cinema italiano, até pelo contexto histórico em que ele surge (é um dos primeiros filmes do grande Mario Bava).
Fábio S. Ribeiro (O Cinéfilo Digital).

SCREENSHOTS:












4 comentários:

  1. Que legal karamazov ,filmão dos anos 50 com assinatura do Mario Bava
    Valeu pelo post, já estou baixando , demais !!!

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  2. Fico feliz que gostou do post, Carlos!
    Muito obrigado pelo convite!
    Depois de muitos anos acompanhando esse blog fantástico é muito gratificante poder fazer alguma modesta contribuição.
    Esse filme do Bava é muito interessante, creio que vai agradar todos os fãs de sci-fi. E o Bava tem ainda outro, o La Morte Viene dallo Spazio, lançado um ano antes do Caltiki e considerado o primeiro filme de ficção científica italiano.
    Grande abraço!

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