LA SENÕRA MUERTE aka MADAME DEATH aka THE DEATH WOMAN (1969)

SINOPSE: 

Cientista louco (John Carradine) persuade uma bela mulher (Regina Torné) que ele desfigurou a recuperar a sua beleza e a vida de seu esposo através do sangue de outras garotas.

DIREÇÃO:

Jaime Salvador

ELENCO:

John Carradine como Dr. Favel.

Víctor Alcocer como a voz de Dr. Favel (não creditado).

Regina Torné como Marlene.

Elsa Cárdenas como Julie.

Miguel Ángel Álvarez como Tony Winter.

Isela Vega como Lisa.

Víctor Junco como Andrés.

Carlos Ancira como Laor.

Mario Orea como Doctor.

Alicia Ravel

Patricia Ferrer como Vítima no museu de cera.

Carlos Ortigosa

Tito Novaro como Pianista no desfile de modas.

Nathanael León (não creditado)

Lucrecia Muñoz (não creditada)

Fernando Osés como Tenente. Henry (não creditado).

Cristina Rubiales (não creditada).

Marcelo Villamil como Homem no desfile de moda (não creditado).

FORMATO: MKV/DVD Rip

DURAÇÃO: 85 minutos

TAMANHO: 1.39 Gb

IDIOMA: Espanhol

País de Origem: México

Formato do Vídeo: 4:3 (720 x 480)

LEGENDAS: Português ( srt na pasta ) por BetoFaroeste

REVISÃO & SINCRONIA: Karamazov

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COMENTÁRIOS:

Marlene (Regina Torné), uma jovem empresária do mundo da moda, está apaixonada por seu marido, o Doutor Andrés (Victor Junco). Infelizmente, ele sofre um ataque cardíaco, o dano colateral de um câncer de longa data. Pouco antes de morrer, ele aconselha sua esposa a fazer uma visita ao Dr. Favel (John Carradine), assegurando-lhe que ele é o único que pode ajudá-la. Em um laboratório duvidoso, ela se vê tentando o impossível: o estranho médico, auxiliado por um servo de aparência monstruosa, tenta trazer Andrés de volta à vida usando o sangue de Marlene, em uma experiência perigosa com alto conteúdo radioativo. Durante a operação, o corpo de Marlene torna-se instável e metade de seu rosto fica intermitentemente desfigurado. Não contente em ter falhado, Favel lhe fala do remédio que restaurará seu corpo ao normal: trazer o máximo de sangue feminino fresco possível para ser transfundindo nela. Para fazer isso, Marlene deve matar...

La Señora Muerte (literalmente "Madame Morte") é o último filme da prolífica carreira de Jaime Salvador (104 filmes até hoje), que começou com "Castillos en el aire", rodado nos Estados Unidos em 1938. Espanhol de nascimento, rodou seu segundo filme em Cuba no ano seguinte antes de se mudar para o México em 1943 ("El jorobado") e nunca mais sair. Não muito conhecido em nossos países, o diretor abordou todos os gêneros: melodrama, filme de aventura, western (com heróis sombrios e alto drama: "Cuatro hombres marcados"...), comédia, mas também ficção científica e filme de terror. Assim, devemos-lhe alguns títulos exploitation como "El terrível gigante de las nieves" ou "El monstruo de los vulcanes" (1963), nos quais yetis se desdobravam nos passos do "Redoutable Snowman" de Val Guest, ou "El rostro de la muerte", um western horrível seguindo os mesmos caminhos de "Billy the Kid vs. Dracula" ou o mais bem sucedido "Curse of the Undead". O final de sua carreira beneficiou-se da expatriação de um dos ícones dos filmes de fantasia, John Carradine.

Assim, o ator, depois de "Os Astro-Zumbis", se viu sucessivamente em "Autopsia de un fantasma" ao lado de Basil Rathbone e Cameron Mitchell, em "Las vampiras" de Federico Curiel, e depois rodou dois filmes no mesmo ano com o mesmo diretor, os mesmos atores e a mesma equipe: "Pacto diabólico" e depois La Señora Muerte. Duas histórias quase semelhantes, ambas escritas por Ramón Obón.

Vale ressaltar também que no ano passado, Federico Curiel e Ramón Obón já haviam fornecido o roteiro de "Los asesinos", que Salvador dirigiu. Nele estavam presentes duas atrizes, Regina Torné e Elsa Cárdenas (ambas muito convincentes). Também vale a pena notar que Ramón Obón escreveu duas vezes o mesmo roteiro confuso e depois o passou para seu amigo Federico Curiel, que por sua vez dirigiu "Enigma de muerte", com um cientista nazista e um palhaço anão. É claro, entre os atores que não tiveram um papel importante aqui, alguns, incluindo John Carradine (que abre e fecha esta história altamente criminosa) e Víctor Junco, mudaram de estúdios, passando de um filme para outro, enquanto eram lançados nas telas mexicanas com um mês de intervalo.

Quanto ao próprio La Señora Muerte, é, contra todas as probabilidades, um terror tequila muito agradável, misturando sem inibição ou complexidade os temas do cientista louco, da criatura, da pessoa com um rosto desfigurado cujo número de mortos será necessário para reconstruí-la ("The Faceless Eyes"), do assassino em série e das histórias de detetives.

Sua principal falha é que começa muito rápido e, sobretudo, muito forte, de forma cruel, com, além disso, uma estética surpreendentemente suntuosa: do interior do laboratório ao rosto da pobre Marlene, cuja metade do rosto é desfigurada. Também neste aspecto, é surpreendente notar o quanto o roteiro de Ramón Obón deve ao filme de mesmo título de Edward Dein ("A Mulher Sanguessuga"), o diretor mencionado no início desta crítica. Quanto ao resto, Jaime Salvador pode ser creditado por ter dirigido esta colcha de retalhos, sem nenhum gênio, mas com habilidade.

Embora a história pareça flutuar na metade do caminho, ela retoma para oferecer um final bastante agradável. Enquanto isso, mesmo que a coisa toda mantenha uma sensação híbrida demais, com assassinatos e cenas de terror se sucedendo a um ritmo constante, tudo isso em uma atmosfera pré-esclarecedora evoluindo às vezes não muito longe de "Os Crimes do Museu", seria injusto ser excessivamente crítico e compará-los. Não é a boa cena de perseguição com facas em uma sala cheia de manequins que vai contradizer isto. Como está, sem ser um momento marcante na história dos filmes de terror, La Señora Muerte continua sendo bastante recomendável e vale a pena dar uma olhada. Mesmo o monstruoso servo derramará uma pequena lágrima, o que mostra o impacto emocional de tal filme...

PSYCHOVISION (TEXTO TRADUZIDO E ADAPTADO)

 

SCREENSHOTS: