Título Original: Metropolis
Direção: Fritz Lang
Roteiro: Fritz Lang e Thea Von Harbou (baseado em livro de Thea Von Harbou)
Produção: Erich Pommer
Gênero: Ficção Científica
Origem: Alemanha
Idioma: Mudo
Ano de lançamento: 1927
Música: Gottfried Huppertz
Fotografia: Karl Freund e Günther Rittau
Direção de arte: Otto Hunte, Erich Kettelhut e Karl Vollbrecht
Figurino: Aenne Willkomm
http://www.imdb.com/title/tt0017136/ - 8.4/10
SITE OFICIAL: http://www.kino.com/metropolis/
Post em parceria com "Fonfagu"!!
Sinopse:
Metrópolis, ano 2026. No futuro, a sociedade está dividida em dois grupos: os trabalhadores, que vivem debaixo de terra e trabalham em regime de escravidão e a classe dominante que vive na superfície.
Os operários acreditam que um dia virá alguém que os libertará de todo esse sofrimento e angústia. "Não pode haver entendimento entre a mão e o cérebro se o coração não agir como mediador" (sentença hoje célebre no mundo do cinema). E é por esse coração que todos aguardam.
Elenco:Alfred Abel (Johhah "Joh" Fredersen)
Gustav Fröhlich (Freder Fredersen)
Brigitte Helm (Maria / Robô)
Rudolf Klein-Rogge (C.A. Rotwang)
Fritz Rasp (Slim)
Theodor Loos (Josaphat)
Heinrich George (Grot)
Erwin Biswanger (Georg)
Os operários acreditam que um dia virá alguém que os libertará de todo esse sofrimento e angústia. "Não pode haver entendimento entre a mão e o cérebro se o coração não agir como mediador" (sentença hoje célebre no mundo do cinema). E é por esse coração que todos aguardam.
Elenco:Alfred Abel (Johhah "Joh" Fredersen)
Gustav Fröhlich (Freder Fredersen)
Brigitte Helm (Maria / Robô)
Rudolf Klein-Rogge (C.A. Rotwang)
Fritz Rasp (Slim)
Theodor Loos (Josaphat)
Heinrich George (Grot)
Erwin Biswanger (Georg)
Metrópolis, 1927, de Fritz Lang, é uma produção precursora do gênero Ficção Científica e é, até hoje, um de seus exemplares mais sensacionais, aliando as características do expressionismo alemão a uma admirável visão do que seria o mundo em 2026 (um século depois de sua realização).
Com elementos como robô e clone, antes jamais citados em nenhum filme, um exemplo da grande influência exercida no gênero é visível no cult Blade Runner, de 1982.
Essa influência é bem clara também no cinema de terror dos anos 30 nos EUA, passando pelo film noir (tipicamente dos anos 40), pelo cinema novo alemão dos anos 70 (principalmente a obra de Herzog) e chegando à atualidade com, por exemplo, Sin City de Robert Rodriguez. E também em Matrix e em muitos outros.
Na ocasião Metrópolis impressionou tanto Hitler que, quando este chegou ao poder, solicitou ao Ministro Goebbels que abordasse Lang, convidando-o para assumir a chefia da indústria cinematográfica alemã. Enquanto Thea Von Harbou, sua esposa à época, mergulhou no projeto, Lang fugiu para Paris, onde chegou a produzir filmes de conteúdo antinazista, e, em seguida, para os Estados Unidos.
O filme foi restaurado em 2001. Todo o original sobre Metropolis a partir de negativos e cópias incompletas foram reeditados na tentativa de recriar o filme como foi exibido em sua estréia. Como mais de um quarto do material foi considerado perdido, foram adicionadas telas com resumos da trama das partes que estão faltando.
Duração: 123 min
Qualidade: DVDRip
Formato: RMVB
Tamanho: 483 MB
Legenda: Português/BR (Embutidas)
LINKS PARA DOWNLOAD:
1- http://www.megaupload.com/?d=85JS77U7
2- http://www.megaupload.com/?d=HPJD5FGC
** não tem senha **
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Considerado por muitos como o primeiro filme de ficção científica, Metropolis representa também o début da figura do robô na história do cinema.
O filme é a grande obra-prima do diretor austríaco Fritz Lang e um dos célebres representantes do expressionismo alemão, ao lado do igualmente clássico O Gabinete do Doutor Caligari, de Robert Wiene.
A história se passa no ano de 2026, exatamente um século depois do lançamento do filme, de 1926. O mundo de Metropolis, a futurística e aterradora cidade do título, é frio, mecânico e industrial.
A descrição reflete o imaginário característico da época, quando a Revolução Industrial já atingira seu ápice e o sistema econômico de produção capitalista começava a dar sinais evidentes de desgaste, o que certamente levava a um certo pessimismo quanto ao futuro.
E o futuro de Fritz Lang, ainda que apresente certos traços de ambigüidade (uma beleza deliciosamente decadente e melancólica), traça um prognóstico nefasto do que aconteceria aos grandes centros urbanos caso o industrialismo seguisse um caminho desenfreado e inconseqüentemente manipulador.
Metropolis é um território dividido entre duas classes, ontologicamente opostas: de um lado os senhores, os mestres da cidade, e de outro, a grande massa de operários, oprimidos não somente pela elite dominante, como, sobretudo, pelas máquinas.
As máquinas... Elas ocupam um lugar de tamanha importância no funcionamento e sobrevivência de Metropolis, que poderiam mesmo ser classificadas como uma "terceira classe social" na estrutura da cidade. Na verdade, elas se tornam, num sentido, mais importantes até mesmo que os próprios trabalhadores humanos e se localizam num nível intermediário entre a beleza onírica dos "Jardins do Paraíso" e a opressão de concreto da cidade dos operários.
Os trabalhadores operam as máquinas e, por sua vez, as máquinas operam os trabalhadores. Homem e tecnologia estão fatidicamente ligados, numa relação de dependência que ilustra o terror da modernidade frente o pretenso poder dominador da técnica sobre o ser humano, uma certa crença paranóica na sua independência e no seu descontrole. A desumanização do trabalhador, a formação de hordas de autômatos massacrados pela rotina mecânica e monótona, escravizados pelo aparelho é um dos temas presentes no filme, uma preocupação que permeava o início do século e as doutrinas filosóficas, a exemplo do Marxismo.
Os operários de Metropolis, assim como os de Tempos Modernos, de Charles Chaplin, formam rebanhos.
A cena em que Freder tem uma alucinação e vê trabalhadores sendo literalmente engolidos pela monstruosa máquina em que trabalham revela uma tecnologia cuja fome de vidas humanas é insaciável.
Previsões trágicas, futuros fantasticamente aterrorizantes, a cidade como um universo caótico, belo e perverso, as "aero-vias", a tecnologia massacrando a humanidade... Algumas das mais sólidas bases para a ficção científica cinematográfica são aqui lançadas e irão influenciar a construção de outras "Metropolis", como a Los Angeles de 2019, de Blade Runner.
Freder Fredersen é o herói romântico e ingênuo que se envolve com a messiânica e idealista Maria. Em oposição a eles, que são humanos (humanistas) por excelência, estão Joh Fredersen, o tecnocrata, o mestre com um quê de nazista, aquele que se julga soberano e controlador dos homens e das máquinas; Rotwang, o homem da ciência, o inventor maravilhado e deslumbrado com as possibilidades da tecnologia, e um robô, que representa, na visão dos personagens de Fritz Lang, e no contexto social tecnológico da era industrial, o trabalhador "ideal", por mais paradoxal que essa definição possa parecer.
Ao robô cabe, ao menos para essa análise, um papel fundamental como um das mais poderosas metáforas do filme, ele sintetiza o conceito de uma época, seu posicionamento frente à tecnologia e à "cyborgização".
Ele é perfeito para o modelo industrial de produção: não se cansa, não precisa se alimentar, não faz exigências, não tem sonhos, nem aspirações, não recebe salário, não se rebela... Ele aparece como um substituto do homem, a máquina ocupando definitivamente o espaço humano nas relações de trabalho, determinantes naquele modelo econômico.
Tudo o que lhe falta é uma alma... E essa é providenciada, mas também manipulada, para que incorpore à máquina apenas as características nefastas do homem. Ao assumir as feições de Maria e transformando-a em luxuriosa, diabólica e mefistofélica, ele suplanta a paciência pela auto-destruição. Com alma ou sem alma, o robô é uma ameaça.
Como em tantos outros filmes do gênero, o robô de Metropolis não possui vontade própria, mas apenas obedece a uma programação pré-determinada pelos seus manipuladores, os "velhos homens humanos". Ainda assim, ele, também como manda a cartilha da ficção científica, é o grande culpado pelos descaminhos e mazelas que causa. O homem por trás da máquina está sempre acima das críticas e punições.
No fim, somente o robô e seu criador, aquele que ousou "brincar de Deus", são condenados. A conciliação final entre senhores e "escravos", pelas mãos mediadoras de Freder parece ter se tornado repentinamente possível, uma vez que o robô e seu criador, os representantes da técnica, são destruídos.
Todos os conceitos e análises aqui elaborados são maximizados pela força e poder das imagens criadas por Fritz Lang.
Ele abusa da iluminação focal, especialmente na cena em que Rotwang persegue Maria nas catacumbas com uma lanterna; da força expressiva das mãos e olhos, basta atentar para as diferenças sutis, mas fundamentais, entre a verdadeira Maria e o robô, e da teatralidade no gestual. Além disso, Lang fez de Metropolis uma verdadeira superprodução para a época, utilizando-se de recursos técnicos impressionantes, construindo cenários perfeitos e grandiosos e utilizando-se de 36.000 figurantes para criar, em dois anos de filmagens, sua visão claustrofóbica e angustiante do futuro.
Não deixando de ser um filme de idéias, Metropolis sabe dosar uma boa história com efeitos especiais que até hoje convencem.
A cena em que o robô assume as feições e o invólucro humano de Maria, que lembra muito o "nascimento" de Frankenstein, estabeleceu paradigmas estéticos que até hoje são seguidos em filmes do gênero. A miríade de fios, ligando homem a máquina, as luzes, a fumaça, os efeitos especiais usados na transformação já tornaram-se clichês de cenas semelhantes.
Metropolis não é apenas um clássico da ficção científica cinematográfica, mas também reforça o papel do cinema, enquanto meio de massa, inserido no fluxo de uma determinada era cultural, em manifestar e dar corpo, através das imagens, a aspectos sociais, filosóficos e relacionais da situação do homem perante seu tempo, perante o outro e perante a técnica.
A história se passa no ano de 2026, exatamente um século depois do lançamento do filme, de 1926. O mundo de Metropolis, a futurística e aterradora cidade do título, é frio, mecânico e industrial.
A descrição reflete o imaginário característico da época, quando a Revolução Industrial já atingira seu ápice e o sistema econômico de produção capitalista começava a dar sinais evidentes de desgaste, o que certamente levava a um certo pessimismo quanto ao futuro.
E o futuro de Fritz Lang, ainda que apresente certos traços de ambigüidade (uma beleza deliciosamente decadente e melancólica), traça um prognóstico nefasto do que aconteceria aos grandes centros urbanos caso o industrialismo seguisse um caminho desenfreado e inconseqüentemente manipulador.
Metropolis é um território dividido entre duas classes, ontologicamente opostas: de um lado os senhores, os mestres da cidade, e de outro, a grande massa de operários, oprimidos não somente pela elite dominante, como, sobretudo, pelas máquinas.
As máquinas... Elas ocupam um lugar de tamanha importância no funcionamento e sobrevivência de Metropolis, que poderiam mesmo ser classificadas como uma "terceira classe social" na estrutura da cidade. Na verdade, elas se tornam, num sentido, mais importantes até mesmo que os próprios trabalhadores humanos e se localizam num nível intermediário entre a beleza onírica dos "Jardins do Paraíso" e a opressão de concreto da cidade dos operários.
Os trabalhadores operam as máquinas e, por sua vez, as máquinas operam os trabalhadores. Homem e tecnologia estão fatidicamente ligados, numa relação de dependência que ilustra o terror da modernidade frente o pretenso poder dominador da técnica sobre o ser humano, uma certa crença paranóica na sua independência e no seu descontrole. A desumanização do trabalhador, a formação de hordas de autômatos massacrados pela rotina mecânica e monótona, escravizados pelo aparelho é um dos temas presentes no filme, uma preocupação que permeava o início do século e as doutrinas filosóficas, a exemplo do Marxismo.
Os operários de Metropolis, assim como os de Tempos Modernos, de Charles Chaplin, formam rebanhos.
A cena em que Freder tem uma alucinação e vê trabalhadores sendo literalmente engolidos pela monstruosa máquina em que trabalham revela uma tecnologia cuja fome de vidas humanas é insaciável.
Previsões trágicas, futuros fantasticamente aterrorizantes, a cidade como um universo caótico, belo e perverso, as "aero-vias", a tecnologia massacrando a humanidade... Algumas das mais sólidas bases para a ficção científica cinematográfica são aqui lançadas e irão influenciar a construção de outras "Metropolis", como a Los Angeles de 2019, de Blade Runner.
Freder Fredersen é o herói romântico e ingênuo que se envolve com a messiânica e idealista Maria. Em oposição a eles, que são humanos (humanistas) por excelência, estão Joh Fredersen, o tecnocrata, o mestre com um quê de nazista, aquele que se julga soberano e controlador dos homens e das máquinas; Rotwang, o homem da ciência, o inventor maravilhado e deslumbrado com as possibilidades da tecnologia, e um robô, que representa, na visão dos personagens de Fritz Lang, e no contexto social tecnológico da era industrial, o trabalhador "ideal", por mais paradoxal que essa definição possa parecer.
Ao robô cabe, ao menos para essa análise, um papel fundamental como um das mais poderosas metáforas do filme, ele sintetiza o conceito de uma época, seu posicionamento frente à tecnologia e à "cyborgização".
Ele é perfeito para o modelo industrial de produção: não se cansa, não precisa se alimentar, não faz exigências, não tem sonhos, nem aspirações, não recebe salário, não se rebela... Ele aparece como um substituto do homem, a máquina ocupando definitivamente o espaço humano nas relações de trabalho, determinantes naquele modelo econômico.
Tudo o que lhe falta é uma alma... E essa é providenciada, mas também manipulada, para que incorpore à máquina apenas as características nefastas do homem. Ao assumir as feições de Maria e transformando-a em luxuriosa, diabólica e mefistofélica, ele suplanta a paciência pela auto-destruição. Com alma ou sem alma, o robô é uma ameaça.
Como em tantos outros filmes do gênero, o robô de Metropolis não possui vontade própria, mas apenas obedece a uma programação pré-determinada pelos seus manipuladores, os "velhos homens humanos". Ainda assim, ele, também como manda a cartilha da ficção científica, é o grande culpado pelos descaminhos e mazelas que causa. O homem por trás da máquina está sempre acima das críticas e punições.
No fim, somente o robô e seu criador, aquele que ousou "brincar de Deus", são condenados. A conciliação final entre senhores e "escravos", pelas mãos mediadoras de Freder parece ter se tornado repentinamente possível, uma vez que o robô e seu criador, os representantes da técnica, são destruídos.
Todos os conceitos e análises aqui elaborados são maximizados pela força e poder das imagens criadas por Fritz Lang.
Ele abusa da iluminação focal, especialmente na cena em que Rotwang persegue Maria nas catacumbas com uma lanterna; da força expressiva das mãos e olhos, basta atentar para as diferenças sutis, mas fundamentais, entre a verdadeira Maria e o robô, e da teatralidade no gestual. Além disso, Lang fez de Metropolis uma verdadeira superprodução para a época, utilizando-se de recursos técnicos impressionantes, construindo cenários perfeitos e grandiosos e utilizando-se de 36.000 figurantes para criar, em dois anos de filmagens, sua visão claustrofóbica e angustiante do futuro.
Não deixando de ser um filme de idéias, Metropolis sabe dosar uma boa história com efeitos especiais que até hoje convencem.
A cena em que o robô assume as feições e o invólucro humano de Maria, que lembra muito o "nascimento" de Frankenstein, estabeleceu paradigmas estéticos que até hoje são seguidos em filmes do gênero. A miríade de fios, ligando homem a máquina, as luzes, a fumaça, os efeitos especiais usados na transformação já tornaram-se clichês de cenas semelhantes.
Metropolis não é apenas um clássico da ficção científica cinematográfica, mas também reforça o papel do cinema, enquanto meio de massa, inserido no fluxo de uma determinada era cultural, em manifestar e dar corpo, através das imagens, a aspectos sociais, filosóficos e relacionais da situação do homem perante seu tempo, perante o outro e perante a técnica.
curiosidade, não exatamente de metrópolis, mas de V de vingança: a Galeria das Sombras foi erguida no mesmo local que Fritz Lang filmou Metropolis
ResponderExcluircarlos, vê se tá legal, pus bastante informação pq é um clássico da SCIFI, né
ResponderExcluirnão sei se fiz os marcadores certos =/
demorou mas caprichou, só cults selecionados a dedo por quem entende muito do que faz...
ResponderExcluirAcullen pegou a manha e agora é um presente atrás do outro...plantamos e agora estamos colhendo.
Não vejo a hora do próximo post.
Nossa tá demais, tem muita informação, isso é ótimo, perfeito, muito bom!!
ResponderExcluirAeee Bravo...bela matéria!
ResponderExcluirSó nao to achando os links
ResponderExcluirBelissimo filme e ainda hoje causa impacto. Muito embora seja uma metafora do nazismo entao em ascensao na Alemanha. O malvado cientista e que corrompe o empresario eh judeu (existe uma estrela de Davi na porta de sua casa). Cabe ao heroi do filme, o filho do industrial, que seria a ideologia em ascensao conciliar os tres grandes grupos: o industrial, a religiao e os trabalhahdores unidos em um ideal.
ResponderExcluirTem razão Lisangelo, este filme é um clássico absoluto e maravilhoso, eu nunca, jamais vou cansar de ver esta belíssima obra, e já predisia o que seria o nazismo, os artista sempre tem uma sensibilidade maior, principalmente em se tratando de ditadores , pois seus trabalhos podem ser sensurados.
ResponderExcluirOlá
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