Caleb Swain (Jerry Lewis) e a esposa Lutetia (Madeline Kahn) são um casal adorado por todos. Mas tudo muda quando Lutetia dá à luz um casal de gêmeos horrorosos. Eles são Wilbur e Eliza (também interpretados por Lewis e Kahn), e que na verdade são dois alienígenas que foram escolhidos e enviados para resolverem os problemas do planeta. Quando eles estão separados, os dois ficam fracos e sem inteligência, mas juntos, os dois possuem um grande potencial. Infelizmente por interesse de terceiros, eles acabam sendo ameaçados de se separarem para sempre.
Quando Jerry Lewis declara à imprensa que “The Day The Clown Cried” não merece ser visto, fico pensando que nada em sua filmografia pode ser pior do que “Slapstick of Another Kind”, de 1982, lançado apenas dois anos depois, já que ninguém parecia disposto a correr o risco. É engraçado ver que Lewis foi divulgar o lançamento do filme no programa do Johnny Carson, vídeo que pode ser encontrado no Youtube, falando dele como se fosse uma obra-prima, rasgando elogios para o jovem diretor Steven Paul, alguém que se mostra incapaz de conduzir uma única cena com algum traço de personalidade. Não é possível que ninguém da equipe tenha percebido o nível tóxico do lixo que estavam produzindo, uma obra que não serve como adaptação do bom livro de Kurt Vonnegut, trabalha algo em torno de dez por cento do material escrito, e não se sustenta minimamente como comédia.
O perfeccionista protagonista, a talentosa Madeline Kahn, os olhos desencontrados de Marty Feldman, a voz poderosa de Orson Welles, o eterno “mestre Miyagi” Pat Morita vivendo um “alienígena chinês em miniatura”, até o diretor Samuel Fuller faz uma ponta, um grupo de respeito que parece estar pagando alguma ingrata aposta. Não é só o mau gosto na trama que me impressiona, mas a incrível ineficácia de um roteiro que não consegue fazer rir em nenhum momento. O trabalho de maquiagem prostética no rosto dos irmãos gêmeos (Kahn e Lewis), sem brincadeira, traumatiza qualquer criança pequena que, por crueldade do acaso, acabe passando na frente da televisão em uma exibição. É grosseiro, tosco no pior sentido da palavra.
O desfecho tenta entregar um toque de sentimentalismo, mas com a mesma mão pesada e altamente incompetente, resultando em simples, boa e velha, vergonha alheia. Quando os irmãos estão entrando na nave espacial, cópia carbono da utilizada em “Contatos Imediatos de Terceiro Grau”, na escuridão da noite, o filme consegue a proeza de inserir um olhar de despedida dos pais, cena reutilizada e ambientada numa clara manhã primaveril. O que me perturba é que nada disso explica o fascínio que sinto por esta porcaria. Se lançassem um livro revelando os bastidores das filmagens, eu devoraria em uma madrugada. Já joguei fora meia-hora de um dia vendo um making of dele no Youtube. É tão ruim, tão doentiamente asqueroso, tão repulsivamente tolo, que acaba se tornando agradável.
No início da década de 90 tive a impressão de que a indústria norte-americana entregaria algo similar com a comédia “Cônicos e Cômicos”, alienígenas cabeçudos saídos diretamente dos esquetes do SNL, mas infelizmente Dan Aykroyd é um bom roteirista, o filme é razoavelmente bom, não chega nem perto do brilhantismo não intencional desta pérola que resgato aqui.
major o que aconteceu com o jaja não consegui ler porque o tal do joshua inundou o chat com desculpas e lamentos e não consegui ler
ResponderExcluirNo último dia 25 pela manhã, o Professor Jajá teve um infarto. Segundo ele, este foi o terceiro, mas também disse que está tudo bem e que estava se recuperando, por fim disse que iria retomar seus projetos.
ResponderExcluirgraças a deus como ninguem perguntou a sua idade eu nunca desconfiaria que ele pudesse ser idoso ( sem ofensas )
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