NIGHT OF THE BLOOD BEAST (1958)

SINOPSE:

Os cientistas de um laboratório isolado são aterrorizados por um monstro extraterrestre hediondo, que se escondeu dentro da cápsula de retorno do primeiro humano enviado para o espaço sideral.

DIREÇÃO: 

Bernard L. Kowalski

ELENCO:

John Baer como Steve Dunlap 

Angela Greene como Dra. Julie Benson 

Ed Nelson como Dave Randall 

Georgianna Carter como Donna Bixby 

Michael Emmet como Major John Corcoran 

Tyler McVey como Dr. Alex Wyman 

Ross Sturlin como A criatura

FORMATO: MKV / DVD RIP 

DURAÇÃO: 1 h 0 min 

TAMANHO: 1.13 GiB 

IDIOMA: Inglês 

PAÍS DE ORIGEM: EUA 

FORMATO DO VÍDEO: 1:372 (716 X 556) 

LEGENDAS: Português (srt na pasta) por Karamazov

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COMENTÁRIOS:

O especialista em filmes de pequenos orçamentos Roger Corman tem um currículo imenso como produtor e diretor. Night of the Blood Beast (1958) tem seu nome creditado na produção executiva, ao lado do irmão Gene Corman como produtor e Bernard L. Kowaski na direção, a mesma equipe de outras bagaceiras divertidas do mesmo período como O Ataque das SanguessugasGigantes (Attack of the Giant Leeches, 1959).

O astronauta Major John Corcoran (Michael Emmet) está retornando de uma missão com satélites orbitando no espaço, a bordo de uma cápsula que sofre um acidente trágico ao retornar para a Terra, culminando numa queda fatal. Apesar da falta de sinais vitais, como respiração e batimentos cardíacos, ele misteriosamente parece ainda vivo, em estado de coma, mas com temperatura e pressão arterial normais, para a surpresa da equipe científica que monitorava sua viagem ao espaço. Equipe essa formada pela noiva do astronauta, Dra. Julie Benson (Angela Greene), Dr. Alex Wyman (Tyler McVey), Steve Dunlap (John Baer), Dave Randall (Ed Nelson) e Donna Bixby (Georgianna Carter).

Após o resgate do astronauta, eles ficam isolados numa base afastada, sem comunicação externa devido à interferência de uma misteriosa fonte magnética, e são ameaçados pela presença de um monstro (Ross Sturlin) que ronda o local e que pode ter vindo junto com a cápsula espacial, com um interesse obscuro no astronauta, que está servindo de hospedeiro para embriões alienígenas.

Night of the Blood Beast tem fotografia em preto e branco e duração curta de apenas 60 minutos, um fato comum para os filmes com orçamentos minúsculos do período. Tem também um nome original sonoro para chamar a atenção do público e um cartaz expressivo evidenciando uma mulher com poucas roupas e um slogan promocional exagerado sobre um monstro caçador de cabeças. Mas, o mais importante mesmo é que tem a esperada criatura tosca vinda do espaço sideral, para justificar o título do filme.

O elenco é pequeno, somente sete atores, cinco homens e duas mulheres, incluindo o ator que veste a roupa de borracha do monstro. O roteiro básico de Martin Varno (que tinha só 21 anos na época) explora o clichê de invasão alienígena, um tema recorrente numa infinidade de filmes bagaceiros divertidos principalmente dos anos 50 e 60 do século passado. Dessa vez, explora-se a dúvida sobre a hostilidade ou boas intenções da raça extraterrestre invasora, com o alerta sobre o uso indevido da energia atômica. Tanto que existe o dilema da equipe científica em destruir o que é desconhecido e ameaçador ou permitir a tentativa de contato e ouvir a mensagem de uma criatura inteligente de outro planeta.

A história, apesar de simples e carregada de clichês, desperta interesse para os apreciadores de filmes tranqueiras com elementos de horror e ficção científica, com a ideia do astronauta servir de hospedeiro para pequenas criaturas alienígenas, algo que foi igualmente explorado na franquia Alien, que por sua vez estabeleceu seu lugar na Cultura Pop.

Um destaque certamente é o monstro tosco e sempre divertido, que aparece em cena somente a partir da segunda metade do filme, e garante os melhores momentos nos confrontos com a equipe científica. A criatura do espaço parece uma mistura hilária de papagaio e urso com enormes garras afiadas e foi aproveitada (com pequenas alterações) de outro filme de Corman, Teenage Caveman, lançado alguns meses antes. É mais um monstro bizarro imortalizado junto com dezenas de outros do cinema de gênero produzido com poucos recursos.

Curiosamente, o filme recebeu o título original alternativo “The Creature From Galaxy 27”.

Juvenatrix (Boca do Inferno)

 

CURIOSIDADES:

O traje alienígena apresentado aqui era o mesmo usado em outro filme de Roger Corman, Teenage Caveman (1958). Isso foi feito para economizar dinheiro, já que Corman e seu irmão Gene Corman sempre tentavam incorporar cenários, figurinos e outros elementos de filmes anteriores em novos filmes para economizar dinheiro. O roteirista Martin Varno disse que os irmãos Corman eram tão conscientes de seus gastos que “‘barato’ era a principal palavra em seu vocabulário”. As cenas de fantasias de monstros em “Teenage Caveman” e nesse filme foram filmadas com cerca de duas semanas de diferença. O traje foi ligeiramente modificado para esse filme. Ross Sturlin usou o traje nas cenas de “Teenage Caveman” e desse filme. A filmagem foi muito difícil para Sturlin porque ficava extremamente quente dentro do traje durante as tomadas externas. John John M. Nickolaus Jr. foi o diretor de fotografia do filme, e Jack Bohrer foi o gerente de produção. Daniel Haller, que acabou se tornando diretor de cinema, trabalhou como diretor de arte nesse filme. Ele mesmo fez grande parte do trabalho de construção manual no set e levou um trailer para o palco de som para poder dormir lá e entre as sessões de trabalho. Entre os adereços que construiu estava o foguete, a estrutura, que foi feita de madeira compensada cortada em círculos, coberta com uma folha de plástico e pintada com spray para parecer metálica. Haller também criou células sanguíneas que os personagens observaram em um microscópio, e os bebês alienígenas (que se assemelhavam a cavalos-marinhos) que eles observaram em um fluoroscópio.

 Alexander Laszlo compôs a música para o filme. Quase toda a equipe trabalhou em O Ataque das Sanguessugas Gigantes (1959) com os irmãos Corman e Kowalski.Com um orçamento de cerca de US$ 68.000, o filme foi filmado em sete dias. Todas as cenas internas foram filmadas em palcos sonoros dentro do Kling Studios. A maioria das cenas externas foi filmada no Bronson Canyon, um conjunto de cavernas no Griffith Park, em Los Angeles, que era um local popular para filmes de baixo orçamento. As cenas externas da estação de rastreamento foram filmadas em uma estação de televisão no Mt. Lee, não muito longe do letreiro de Hollywood. O roteirista Martin Varno disse que essa foi a primeira estação de televisão construída em Los Angeles, mas que estava sendo usada apenas para transmissões de emergência quando o filme estava sendo filmado lá; ela também havia sido usada durante a Segunda Guerra Mundial para transmitir para as forças aliadas no exterior. Varno conseguiu permissão para filmar no local simplesmente ligando para as autoridades da cidade de Los Angeles e pedindo, algo que, segundo ele, ninguém mais pensou em tentar, pois presumiam que a cidade não permitiria. Varno conhecia bem a estação porque seu pai, Roland Varno, participou do primeiro programa dramático de televisão lançado em Los Angeles e que foi transmitido por essa estação. Para esse filme, Los Angeles cobrou uma taxa de US$ 8 por ator para filmar na estação, mas a equipe podia ser de qualquer tamanho. Todas as filmagens ocorreram fora da estação. A maioria das cenas noturnas filmadas lá foi feita durante o dia, e a equipe muitas vezes tinha de encontrar sombras para filmar ou bloquear o sol para dar a impressão de que era noite. O produtor Gene Corman falou sobre as filmagens: “Essa foi uma das unidades mais móveis em que já estive envolvido. Normalmente, todo mundo persegue o sol; nós estávamos perseguindo as sombras.”

Esse filme foi lançado em um dos lançamentos duplos pré-embalados da American-International. Foi combinado com She Gods of Shark Reef (1958), de Roger Corman, que estava parado na prateleira havia 18 meses.

Quando perguntaram ao astro Ed Nelson o que ele lembrava sobre o filme em uma entrevista em 2003, ele admitiu: “Não muito”, mas disse que Roger Corman e Gene Corman tinham muito conhecimento sobre cinema e tratavam o material de forma “leve”.

O filme foi apresentado em um episódio de 1996 da série de televisão de comédia Mystery Science Theater 3000 (1988).

Roger Corman e Gene Corman estiveram presentes na maior parte da produção do filme e participaram tanto criativa quanto financeiramente. Gene estava mais envolvido na execução das operações cotidianas, enquanto Roger, mais experiente, supervisionava e orientava Gene e o diretor Bernard L. Kowalski. Algumas reescritas foram feitas à medida que as filmagens avançavam, e Kowalski as chamou de um processo colaborativo que envolveu ele mesmo, os Cormans e toda a equipe. O roteirista Martin Varno, no entanto, disse que não estava satisfeito com o andamento do processo de filmagem e que os Cormans mudaram diálogos e elementos da história sem sua consulta ou permissão. Ele disse que chegou a um ponto em que ligou para seu agente e disse: “Não vou mais trabalhar para esses filhos da puta! Estou farto e cansado de tudo isso!”

Produzido pelo cineasta de exploitation Roger Corman e seu irmão Gene Corman, foi um dos primeiros filmes dirigidos por Bernard L. Kowalski e escrito pelo roteirista estreante Martin Varno, que tinha 21 anos de idade. Foi estrelado por vários atores que haviam trabalhado regularmente com Roger Corman, incluindo Michael Emmet, Ed Nelson, John Baer, Georgianna Carter e Tyler McVey.

Devido à sua insatisfação com o tratamento dado pelos produtores, o roteirista [Martin Varno] entrou com dois processos judiciais bem-sucedidos; um deles foi por pagamento insuficiente e o outro em resposta ao crédito de escrita da história original do produtor Gene Corman, embora Varno afirmasse ter escrito toda a história sozinho.

Jerome Bixby, o roteirista de ficção científica que escreveu A Ameaça do Outro Mundo (1958), foi originalmente procurado para o trabalho, mas estava trabalhando em outro projeto e recomendou seu amigo Martin Varno para o trabalho. Varno, filho do veterano ator Roland Varno, encontrou-se com os produtores Roger Corman e Gene Corman, que discutiram com ele o que Varno chamou de “uma espécie de ideia estranha para o filme”. Eles ofereceram a Varno algumas centenas de dólares pelo trabalho, o que estava abaixo das taxas mínimas de remuneração conhecidas como “escala”, mas Varno não fazia parte da Writers Guild of America na época e não conhecia as diretrizes. Ele aceitou a oferta e assinou um contrato. Embora Varno tivesse uma ideia aproximada de que seria um filme de baixo orçamento, ele disse que os Cormans não estabeleceram diretrizes específicas para ele: “Eu dei a eles a impressão de que sabia muito bem o que estava fazendo, e eles tiveram a ideia de que eu não usaria 50.000 figurantes e outras coisas.”

O roteirista Martin Varno levou seis semanas para escrever o roteiro, cujo título provisório era “Creature from Galaxy 27”. A história foi parcialmente influenciada pela “corrida espacial” da vida real e pelo filme O Monstro do Ártico (1951), de Christian Nyby. Os roteiristas Jerome Bixby e Harold Jacob Smith deram assistência não creditada a Varno com o diálogo.

Os produtores Roger Corman e Gene Corman lançaram o filme junto com o diretor Bernard L. Kowalski, que tinha 28 anos na época. Kowalski também dirigiu Sangue na Estrada (1958), de Roger Corman. “Night of the Blood Beast” foi um dos primeiros créditos de direção de Kowalski e seu primeiro filme de ficção científica, embora mais tarde ele tenha dirigido O Ataque das Sanguessugas Gigantes (1959).

Uma das personagens femininas é chamada de “Donna Bixby”. Isso pode ser uma piada interna de Jerome Bixby, que fez um trabalho não creditado no roteiro.

Contagem de corpos: 3 (inclui o monstro)

ERROS:

Qualquer engenheiro deve saber que não se deve acender um cigarro perto de um veículo acidentado devido aos riscos de líquido inflamável ou fumaça de combustível derramado.

O astronauta não tem batimentos cardíacos nem respiração, mas tem pressão arterial. Embora isso seja mostrado como uma implausibilidade científica, não é explicado como os médicos podem detectar a pressão arterial do astronauta sem batimentos cardíacos. As leituras de pressão arterial usando um esfignomanômetro (manguito de pressão arterial) dependem do batimento cardíaco para determinar tanto a pressão sistólica (que é a pressão de um coração comprimido) quanto a diastólica (que é a pressão de um coração relaxado). Em outras palavras, não importa o palavreado técnico que você queira oferecer, não há como determinar a pressão arterial sem o batimento cardíaco.

Um close-up da metade inferior da criatura revela que seus pés são, na verdade, sapatos.

A Dra. Julie Benson se refere a Steve Dunlap ('John Baer') como “John”.

Quando Steve corre para dentro da caverna atrás da criatura, o som indica que ele está realmente correndo em um piso de madeira.

Durante algumas filmagens, parte da extremidade dianteira da câmera fica visível na parte superior da tela. Possivelmente devido a um problema com a montagem da lente.

No início, quando eles encontram o local da queda do foguete, várias cenas da área mostram que ela é muito montanhosa, com estradas sinuosas cortando colinas íngremes e escarpadas. Mais tarde, um dos personagens menciona que eles estão na Flórida. A Flórida é composta de terreno plano. Não há montanhas ou colinas naturais na Flórida.

O pôster é totalmente incorreto: Ele mostra uma cabeça inteira sendo arrancada. No filme, é apenas metade de uma cabeça. Ele mostra uma mulher com pouca roupa se encolhendo por causa de uma onda de sangue. A mulher ameaçada no filme não vê sangue do monstro e está vestida com suas roupas de trabalho como fotógrafa de campo, um terno cáqui com calça comprida e jaqueta.

Vários personagens se referem a Steve Dunlap como John ou Johnny (o nome do ator).

 

SCREENSHOTS: