A história começa com dois irmãos que brincam tranquilamente na sala de sua casa enquanto sua mãe sai para fazer umas compras deixando-os a sós. Neste momento o rádio anuncia que um perigoso maníaco acusado de assassinato está a solta com um cutelo em uma mão e seus testículos (!!!) na outra, e o narrador fala para as pessoas não saírem de casa e este tipo de coisa.
O nome dos irmãos são Michael (Rick Burks) e George (Carl Crew, A Vida Secreta de Jeffrey Dahmer) – eles são donos do mais famoso e frequentado restaurante da cidade, o Tutman (Namtut ao contrário, sacou?), que faz sucesso devido aos seus “ingredientes secretos“, tão misteriosos quanto a carne usada nos hambúrgueres das grandes redes de fast-food, mas o espectador já sabe de antemão que se trata de carne humana e outras coisinhas nojentas que não colocaríamos habitualmente no nosso cardápio.
Bem, então basicamente este é o roteiro e não existe quase nenhuma reviravolta surpreendente ou revelação bombástica, mas neste meio aparece mais um personagem interessante: lá pelas tantas entra em cena o dono enciumado do restaurante concorrente, que tem um boneco de pano falante! Na realidade não é exatamente o boneco que fala, mas o homem é um ventríloquo meio doido que conversa com ele como se estivesse vivo! E quando você pensa que as coisas não poderiam ficar mais esquisitas, eis que surge uma trama paralela sem pé nem cabeça onde George desafia um lutador profissional simpatizante por Hitler para um combate de luta livre!
Canibalismo, magia negra e muito sangue jorrando são as fórmulas que a diretora Jackie Kong (que dirigiu outra pérola, The Being, em 1983) aplica para envolver o espectador, contudo, verdade seja dita, Um Jantar Sangrento não é um filme de terror. Quando uma produção como esta deixa de ser um filme de terror cujo humor está na picaretagem, na pobreza da produção ou nos detalhes involuntários (ou mesmo na soma de todas as alternativas anteriores) e passa a ser assumidamente uma comédia escrachada com elementos de terror, a direção deveria ser um pouco mais cuidadosa na condução da história escrita por Michael Sonye.
Não que este roteiro precisasse fazer algum sentido até porque o público que tentar achar algum nexo no que está assistindo vai ficar maluco, todavia o filme acaba se tornando,em certo ponto, uma série de gags de humor negro isoladas, sendo que nem todas as “piadas” funcionam como deveriam – algumas delas são brilhantes e flertam com o nonsense de Monty Python, enquanto outras são tão idiotas quanto o Zorra Total.
As situações que são apresentadas são absurdas demais para se fazer uma associação com a vida real, como o fiscal do imposto de renda que entra na cozinha e vira prato especial como se fosse desenho animado; a mulher que fica literalmente com cara de pastel (fritada em gordura quente) e o motoqueiro que se recusa a morrer atropelado – isso dá um tom a mais a tosquice do filme! Entretanto o que mais pode atrair o pessoal que gosta do cinema marginal são os atores e suas personagens incrivelmente exageradas e divertidas: já começa pelo cérebro falante de Anwar; como se uma ideia dessa já não fosse surreal o suficiente, George é uma besta quadrada sádica que adora luta livre e Mark é uma mistura do detetive Riggs de Máquina Mortífera com o Tony Manero, de Os Embalos de Sábado à Noite. Isso pra não falar do boneco falante do dono do restaurante concorrente que é um show de bizarrices à parte… Os atores são ruins propositadamente, mas ao menos estão nitidamente se divertindo fazendo toda essa porcaria -, e isso é um grande ponto positivo para eles.
Claro que um filme como este não ficaria completo sem uma boa dose de sacanagem e mulher pelada, pois Jackie Kong mostra gratuitamente diversos pares de peitos e até um nu completo frontal para a alegria da garotada com os hormônios mais aflorados, hehehe… Também tem muitas falas que foram propositalmente redubladas, o figurino parece ter saído direto de Flashdance e uma trilha sonora péssima que completam o espetáculo.
Portanto se você curte o chamado cinema classe “BB” (abreviação de “Blood’n’Boobs” ou, traduzindo, “Sangue e Peitos“) e não liga muito para alguns desvirtuamentos dos valores morais – motivo pelo qual Um Jantar Sangrento foi banido ou picotado em algumas partes do mundo – este é um “prato cheio“! Procure pelo VHS nacional velho e mofado da Odessa Home Video (com a estampa “Trash Movie”, para o caso de você se confundir), ou no DVD pelado importado da Lion’s Gate… Só não fique para a sobremesa, ela pode ser você…
O arquivo do download é o filme O incrível Homem transparente...
ResponderExcluirAbraços
Gorgon
Rapaz o link do mega está mesmo vou arrumar, os outros links estão em ordem, valeu Gorgon
ExcluirProntinho, link do mega arrumado
ResponderExcluiro link mega não aceita a senha dá eero.
ResponderExcluirVou verificar, aguarde .
ExcluirEliane acabei de baixar e descompactar sem problema nenhum da uma olhada neste link.
Excluirhttp://cinespacemonster.blogspot.com/p/instrucoes-para-quem-nao-consegue.html
Voltando para agradecer o repost no mega. Está tudo certo com o arquivo.
ResponderExcluirAbraços
Gorgon
de nada amigo
ExcluirÉ preciso amar um filme de terror que tem frases do tipo "Falei que ela era uma cuzona" e "Antes de eu enfiar minha linguiçona em você, qual o seu nome?"
ResponderExcluirkkkkkk tem razão, isso tudo são os anos 80, época exagerada em tudo, e por isso rendeu ótimos filmes de terror
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