SINOPSE:
No cinema fantástico bagaceiro temos uma infinidade de filmes extremamente ruins e mal feitos de forma não proposital, ou seja, o baixo orçamento e os recursos mínimos de produção resultaram em porcarias colossais que divertem (a maioria delas) justamente por esses motivos, com histórias óbvias e banais, elenco amador e patético, e efeitos tão toscos e paupérrimos que tornam-se hilários. E por isso essas tranqueiras têm uma legião de fãs e apreciadores do estilo. Uma dessas tralhas inacreditáveis é o filme americano The Creeping Terror (1964), com fotografia em preto e branco, dirigido, produzido e editado por A. J. Nelson, que também atuou com o pseudônimo Vic Savage.
Ele é o jovem xerife Martin Gordon, casado com Brett (Shannon O´Neil), responsável pela manutenção da lei e ordem numa pequena cidade americana, junto com o assistente Barney (Norman Boone). A calmaria do lugar muda drasticamente depois que um objeto voador não identificado cai numa floresta próxima, despertando a atenção do exército, sob o comando do Coronel James Caldwell (John Caresio).
O ideal seria que o filme tivesse uma metragem menor (apesar de já ser curto, com apenas 77 minutos), retirando um monte de cenas desnecessárias, como o relacionamento de casal entre o xerife e sua jovem esposa, as reuniões descartáveis entre a polícia, o exército e o cientista (todos completamente incompetentes para lidar com a situação), e o excesso de tempo perdido num baile com as pessoas dançando (e prestes a virar comida de lesma), deixando apenas os momentos com a criatura, numa compilação dos ataques do monstro engolindo as pessoas.
A nave espacial pousada na floresta nunca é mostrada por inteiro, devido às dificuldades de orçamento da produção, com seu interior repleto de painéis com interruptores e mostradores analógicos, simulando uma tecnologia “avançada” de outro mundo, um clichê sempre explorado nesses filmes bagaceiros de invasão alienígena.
Sem contar que o filme tem uma narração maçante (de Larry Burrell, não creditado), que fica explicando as ações dos personagens durante a maior parte do tempo, num recurso irritante para driblar a falta de dinheiro para a captação do som.
Em 2014 foi lançado um documentário chamado “The Creeping Behind the Camera”, escrito e dirigido por Pete Schuermann, com os bastidores do filme e biografia do polêmico diretor A. J. Nelson (ou Vic Savage), conhecido por condutas condenáveis.
A resposta para o clássico "filme ruim é bom" é simples: o filme continua ruim, não importa o ângulo em que seja analisado, mas assistir consegue ser uma diversão, e os erros são um fator que intensifica a experiência.
ResponderExcluirEsse sim eu considero o pior de todos os filmes feitos
ResponderExcluirBom dia, então daí sabemos de onde surgiu "Tremors 1,2,3,4,5,6,7,8,2050" :-P, Valeu pelo Post e Feliz Natal a todos!Abraços!!!
ResponderExcluirFeliz Natal Talidio !
ExcluirPara quem eu mando a conta do Bucomaxilo? Desloquei a mandíbula de tanto rir! Muito obrigado por mais esta pérola esquecida do Sci-Fi B! Parabéns pelo trabalho incrível! Longa Vida Ao CineSpaceMosnter!
ResponderExcluir