sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

FUTUREWORLD aka ANO 2003: OPERAÇÃO TERRA (1976)

 


SINOPSE:

Ao descobrir o segredo do parque temático futurista Delos, um ex- funcionário é morto depois de dar a dica para dois repórteres que decidem fazer uma investigação secreta.

DIREÇÃO:

Richard T. Heffron

ELENCO:

Peter Fonda como Chuck Browning 

Blythe Danner como Tracy Ballard

Arthur Hill como Dr. Duffy

Yul Brynner como o Pistoleiro

John Ryan como Dr. Morton Schneider

Stuart Margolin como Harry Croft

James M. Connor como Clark, o robô

Allen Ludden como apresentador de game show

Robert Cornthwaite como Sr. Reed

Angela Greene como Sra. Reed

Darrell Larson como Eric

Nancy Bell como Erica

John Fujioka como Sr. Takaguchi

Bert Conroy como Sr. Karnovsky

Dorothy Konrad como Sra. Karnovsky

Jim Antonio como Ron Thurlow

FORMATO: MP4 / BR RIP

DURAÇÃO: 1 h 47 min

TAMANHO: 1.42 GiB

IDIOMA: Inglês

PAÍS DE ORIGEM: EUA

FORMATO DO VÍDEO: 1.85:1 (1 280 X 1 280)

LEGENDAS: Português (srt) por @carlosalmo_br 2022

REVISÃO e SINCRONIA: Karamazov 

LINK PIXELDRAIN:

CLIQUE AQUI

LINK DEPOSIT FILES:

CLIQUE AQUI

 

COMENTÁRIOS:

O desastre do resort da Delos custou muito mais do que a morte de cinquenta civis. Além do prejuízo econômico ter quase levado à falência a empresa e todos os envolvidos, o público perdeu completamente a confiança no evento e nos androides, principalmente pelo modo como o parque fora atacado pela mídia. A única solução viável seria uma reconstrução de toda a sua estrutura, e ainda encontrar um meio de atrair mais uma vez a atenção dos visitantes. Assim, diversos líderes mundiais foram convidados a participar de sua nova versão, incluindo o jornalista Chuck Browning (Peter Fonda, de Sem Destino, 1969) e a apresentadora de TV Tracy Ballard (Blythe Danner, de O Príncipe das Marés, 1991), que, apesar de colegas de profissão, não costumam se dar bem.

O novo parque, Futureworld, vem com a proposta de trazer mais segurança e ampliar os mundos, abandonando apenas o melhor de todos, o Westworld. O velho oeste, então, transformou-se numa cidade fantasma, abandonada, com carcaças de androides e vestígios da tragédia que abalou sua estrutura. Mesmo com o convite curioso, Chuck está convencido de que existe algo obscuro nos bastidores da atração, desde que ele recebera o contato do estranho Frenchy (Ed Geldart) para um encontro às vésperas do passeio. Ansioso pela promessa de ter acesso à revelações bombásticas sobre Delos, o jornalista só não esperava encontrá-lo com um ferimento mortal e a menção do nome da empresa, atiçando ainda mais a sua veia jornalística.

Chuck e Tracy aproveitam para conhecer o Futureworld, enquanto buscam pistas nos bastidores. Participam de um xadrez virtual com pessoas ao invés de peças e disputam boxe, sem até o momento imaginar que realmente há algo misterioso por trás de toda a estrutura, envolvendo a produção de clones-androides dos representantes mundiais e deles mesmo. Os engenheiros responsáveis – Duffy (Arthur Hill, O Enigma de Andrômeda, 1971) e o Dr. Schneider (John P. Ryan, de Nasce um Monstro, 1974) – tentam esconder seus intuitos, embora não saibam que um funcionário, Harry (Stuart Margolin, de Mulheres do Planeta Pre-Histórico, 1966), está ajudando Chuck em sua investigação.

É claro que a repetição do que acontecera em Westworld não traria nada além de uma refilmagem desnecessária. A própria produtora, Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), não tinha interesse algum em fazer uma continuação do longa de 73, nem outra Ficção Científica que não fosse Fuga do Século 23, de Michael Anderson. No entanto, o produtor do original, Paul Lazarus III, já tinha o conceito da continuação em mente, e conseguiu convencer os roteiristas Mayo Simon e George Schenck na elaboração de um novo filme. Como o autor de Westworld, Michael Crichton, também não pensava em fazê-lo, o roteiro passou para as mãos de Samuel Z. Arkoff, da American International Pictures (AIP).

A produtora apostou seriamente no conceito diferente, sem androides descontrolados, mas envolto em conspiração humana com os bonecos sendo usados para fins políticos e sociais. É curioso e louvável até, porém com um certo distanciamento da diversão. A busca pelos segredos do resort segura a atenção do espectador, porém não há toda aquela tensão pela fuga de um inimigo imortal e traiçoeiro, sensação de perigo constante e nem a graça do ambiente western, com os duelos e cavalos.

O longa de Richard T. Heffron até faz referência ao anterior ao levar os personagens ao velho oeste e resgatar o personagem do pistoleiro (novamente Yul Brynner), num momento onírico constrangedor, mas esquiar em Marte ou ter a sensação de viajar em um foguete não substituem os duelos, a paisagem externa e as prostitutas dos saloons.

E nem é possível culpar os efeitos especiais! Futureworld foi o primeiro longa a trabalhar amplamente com o CGI, principalmente nas cenas que envolvem o movimento do rosto e das mãos. No caso desta última, foi feita uma digitalização das mãos usadas por Edwin Catmull no curta experimental A Computer Animated Hand, de 1972. Mesmo com uma afinada qualidade técnica e elenco, o filme afundou com as críticas negativas que apontaram o trabalho como previsível e desnecessário – o que se torna irônico pelo fato do personagem Chuck estar envolvido no passeio devido a uma crítica negativa ao Westworld!

Ainda assim, é divertida a relação entre Harry e seu parceiro androide, assim como o confronto entre humanos e seus clones! Pode até levemente entreter, mas está bem distante do longa original.

Com um título nacional pavoroso – Ano 2003, Operação Terra: Futureworld -, Futureworld se esquivou tanto do original que simplesmente despertou a vontade de revê-lo. É uma pena porque a franquia tinha – sem trocadilhos – realmente futuro!

Marcelo Milici (Boca do Inferno)


CURIOSIDADES:

Continuação de Westworld: Onde Ninguém tem Alma (1973), estrelado por Yul Brynner.

O bonde para Futureworld é o túnel ferroviário no Aeroporto Intercontinental de Houston (IAH), agora Aeroporto Intercontinental George Bush, em Houston, Texas.

O bar Futureworld é cenário do apartamento de Logan de Fuga no Século 23 (1976) reformado.

Este foi o último filme de Yul Brynner antes de sua morte em 10 de outubro de 1985 aos 65 anos.

O primeiro filme a usar CGI 3D.

De acordo com o cheque gigante do prêmio apresentado na cena de abertura do game show, os eventos do filme começam em 20 de junho de 1985.

A mão em wireframe que aparece no monitor de um técnico em cerca de 45 minutos é o primeiro CGI 3D a aparecer em um filme de longa-metragem. O clipe foi criado em 1972 por Ed Catmull, que mais tarde foi cofundador da Pixar.


O saguão Delos é o saguão do Jones Hall em Houston, Texas.

O título provisório era "Did NOBODY Learn The Lesson the FIRST Time?" (Ninguém Aprendeu a Lição na Primeira Vez?), mas foi eliminado, pois os produtores não queriam que o título do filme fosse formulado como uma pergunta.

Foi o primeiro filme vendido para a China para um lançamento em larga escala depois que o presidente Jimmy Carter formalizou as relações com o país.

Pouco antes de Chuck e Tracy se separarem, por volta de 1:31, uma placa Norworth & Bayes pode ser vista claramente ao fundo. Jack Norworth e Nora Bayes eram uma dupla famosa de compositores, cantores e vaudeville no início dos anos 1900. Norworth é creditado por escrever a letra de "Take Me Out to the Ball Game" em 1908.

Considerando a inflação, a taxa de US$ 1.200 por dia para Futureworld em 1976 é equivalente a cerca de US$ 6.623 em 2024.

Arthur Hill já havia estrelado outra adaptação cinematográfica de Michael Crichton, O Enigma de Andrômeda (1971).

As filmagens de arquivo do jato de passageiros voando contra o pôr do sol também foram usadas em O Jogador (1974).

O DVD importado da Alemanha tem uma versão Super-8mm (áudio em alemão), como um extra.

Último filme de Angela Greene.

Quando Chuck Browning e Tracy Ballard saem da grande reunião da Delos, por volta da marca de 10 minutos, eles caminham pelo saguão do edifício 2 Houston Center e descem pela escada rolante em direção ao nível do túnel.

O cenário do Mundo do Futuro foi filmado em instalações reais da Nasa.


SCREENSHOTS: