SINOPSE:
Lily
Powers
(Barbara
Stanwyck)
é uma mulher jovem e bonita que trabalhava como garçonete no bar
ilegal de seu pai durante a Lei Seca, em Erie, Pensilvânia (EUA).
Desde os seus 14 anos de idade seu pai a obrigava a fazer pelos
clientes algo mais do que apenas servir bebidas alcoólicas. Sua
única amiga é Chico
(Theresa
Harris)
– sim, o nome da moça é Chico
-, uma empregada que também trabalhava naquele bar. A grande
oportunidade para Lily
surge com a morte repentina de seu pai. O Sr.
Cragg,
um velho imigrante alemão e sapateiro, o único homem em que ela
realmente confiava, diz que ela deveria deixar aquela cidade e usar
sua beleza e todo o poder que tinha sobre os homens para conquistar
tudo o que sempre havia desejado. Lily
decide seguir os conselhos do Sr.
Cragg
e vai para Nova Iorque com sua amiga Chico
onde começará sua ascensão social, seduzindo todos os homens que
considera importantes para alcançar seus objetivos.
DIREÇÃO:
Alfred
E. Green
ELENCO:
Barbara
Stanwyck .......... Lily Powers
George
Brent .......... Courtland Trenholm
Donald
Cook .......... Stevens
Alphonse
Ethier .......... Adolf Cragg (o
sapateiro)
Henry
Kolker .......... Carter
Margaret
Lindsay .......... Ann Carter
Arthur
Hohl .......... Ed Sipple
John
Wayne .......... Jimmy McCoy Jr.
Robert
Barrat .......... Nick Powers
Douglass
Dumbrille .......... Brody (as Douglas Dumbrille)
Theresa
Harris .......... Chico
Gênero:
Drama, Romance
Formato:
mkv
Tamanho do
arquivo:
2,09 GB
Duração:
1h 15min
Cor:
Preto e Branco
Proporção
da imagem:
1,375:1 (990x720)
País de
origem:
EUA
Idioma:
inglês
Legendas:
português (srt,
na pasta)
e inglês (embedded)
Links para
download (em
4 partes, 4shared e Mega):
senha
p/descompactar
Legendas:
Tradução
e sincronismo:
Carlos Solrac
BABY FACE
[Serpente
de Luxo],
lançado em 1933,
é
um filme norte-americano do gênero drama / romance
estrelado
por Barbara
Stanwyck
(1907-
1990)
e dirigido por Alfred
E. Green
(1889-1960).
É um filme
da chamada era “Pre-Code” da indústria cinematográfica
norte-americana. Foi o período entre o final dos anos 1920 com a
introdução do cinema sonoro e 2 de Julho de 1934, quando a partir
dessa data a MPPDA (Motion Picture Producers and Distributors of
America) se comprometeu efetivamente as seguir as diretrizes de
autocensura estabelecidas em 31 de março de 1930 no “The
Motion Picture Production Code”,
conhecido como “Hays
Code”
(Código Hays). Na verdade, foi uma estratégia contínua de
auto-regulamentação que os líderes da indústria cinematográfica
passaram a fazer temerosos de que o “clamor popular” acabaria por
encontrar um caminho para uma política legislativa com efeitos
desastrosos para os estúdios.
Mas nesse
intervalo, entre 1930 e 1934, a autocensura ainda era bastante
maleável e os produtores e diretores ainda não haviam aderido
totalmente aos regulamentos restritivos em matéria de sexo, drogas,
violência e moral imposta pelo novo código de conduta
cinematográfica. E depois dessa data limite eles passaram a usar da
“criatividade” para contornar qualquer situação que poderia
gerar alguma polêmica.
Mesmo
assim, BABY
FACE
foi considerado bastante ousado e precisou sofrer alguns cortes antes
que fosse autorizado a ser lançado nos cinemas. A versão original
de BABY
FACE
havia sido considerada perdida até que em 2004 uma cópia do
negativo original foi descoberto na Biblioteca do Congresso
Americano. O arquivo aqui disponibilizado é a versão original, sem
cortes. Mas para os padrões de hoje, talvez esse filme não seja
considerado tão ousado quanto foi em 1933.
Após o
enterro do pai, Lily
Powers
(Barbara
Stanwyck)
visita o Sr.
Cragg (Alphonse
Ethier),
um sapateiro com ares de filósofo. Ela conta que ao sair do
cemitério recebeu uma proposta para ser stripper. Ele, revoltado,
diz: “O que vai acontecer com você, cabe a você decidir!”. E a
chama de covarde por permitir que fosse derrotada pela vida sem mesmo
reagir. Quando ela pergunta “Que chance uma mulher tem?”, ele
responde: “Mais chances do que os homens!”. E ainda diz: “Uma
mulher, jovem e bonita como você, pode conseguir qualquer coisa que
quiser no mundo, porque tem poder sobre os homens. Mas você deve
usar homens, e não ser usada por eles. Você deve ser o mestre, não
o escravo.”
Em seguida,
mostra um trecho de um livro do filósofo alemão Friedrich Nietzsche
onde diz que “toda a vida, não importa como nós a idealizamos,
não é nada mais nada menos que a exploração”. E que é isso que
ele está tentando lhe dizer: que ela deve explorar a si mesma, ser
forte, desafiadora, usar os homens e não deixar que os outros a
explorem.
Ouvindo
essas palavras, Lily
decide que o melhor para ela é seguir os “ensinamentos” de
Nietzsche. E vai para a cidade de Nova Iorque com sua amiga Chico
onde irá seduzir todos os homens que considera importantes para
conseguir tudo o que sempre desejou.
Acima, vemos um cartaz do filme
BABY
FACE
com Lily
Powers (Barbara
Stanwyck) numa
provocante pose.
O cartaz diz:
Ela era
atrevida e sedutora e podia cavar mais ouro em um quarto
do que
qualquer mineiro conseguiria cavar no Alasca.
Ela
usava tudo o que tinha...
para
conseguir tudo que os homens tinham...
Ela era
insaciável e os fazia pagar por “aquilo”.
A
verdade nua e crua sobre uma mulher que fez a América suspirar.
E em letras maiúsculas, logo
abaixo do título do filme
e do nome do protagonista
masculino,
uma séria advertência aos pais:
POR
FAVOR, NÃO TRAGAM SEUS FILHOS.
E certamente o público sabia,
mesmo em 1933,
o que era “aquilo” pelo que
os homens estavam pagando.
Mas Lily
não era apenas linda e sedutora. Era também inteligente, esperta e
perspicaz. E, finalmente, depois que entendeu o que o Sr.
Cragg
tentava lhe dizer, ela descobriu o que fazer para criar as
oportunidades, qual o momento certo para agir e como agir. Também
sabia ser paciente. Nunca colocava um homem contra o outro.
Simplesmente desprezava aquele não lhe servia mais.
Mas não
vou contar como essa história continua. Esse é um filme que, na
minha opinião, vale a pena ser assistido. Mas decisão de assistir,
ou não, depende de cada um. Lembre-se que é um filme do gênero
drama / romance, em preto e branco, com 1h15min de duração e que
foi lançado em 1933, ou seja, foi produzido há mais de 80 anos.
Barbara
Stanwyck
(1907-1990), nascida Ruby
Catherine Stevens,
foi uma atriz de grande destaque nas décadas de 1930 e 1940, com uma
carreira memorável e atuou em mais de oitenta filmes. Ela recebeu 4
indicações ao Oscar de Melhor Atriz mas não venceu em nenhuma
delas. Porém em 1982, oito anos antes de sua morte, recebeu um Oscar
Honorário por sua grande criatividade e contribuição à arte de
interpretação cinematográfica. Ficou famosa por seus papéis de
mulher fatal ou má e por melodramas que se destacavam dos demais
pelo fato de raramente terem um final feliz.
Para saber
mais sobre Barbara
Stanwyck
consulte a página dedicada a ela no IMDb:
A trilha
sonora que acompanha os créditos iniciais de BABY
FACE
são das músicas “Baby
Face”
de 1926 e “St.
Louis Blues”
de 1914.
Algo que
deve chamar a atenção logo no começo do filme, após os créditos,
é que não há nada que indique que a cidade em questão seja Erie,
na Pensilvânia (EUA), porém na sinopse o nome dessa cidade é
mencionado. Mas basta prestar atenção na história que ficaremos
sabemos em que cidade
Lily
e seu pai moravam, e consequentemente saberemos o nome do estado.
No decorrer
do filme será mencionado uma importância de U$10.000. Vale lembrar
que naquela época o salário médio anual de uma secretária era de
U$1.040. Isso significa que U$10.000 seriam equivalentes a cerca de
10 anos de trabalho dessa profissional. No link indicado a seguir
temos uma tabela com o salário médio anual de diversas profissões
nos EUA entre os anos de 1932 e 1934, além de preços de diversas
mercadorias e serviços nesse período.
Sobre as
legendas:
1) Logo no
começo do filme o Sr.
Cragg
diz para Lily
fazer algo por ela mesma, pois ela tem poder. Ao
que ela responde: “Yeah.
I'm a ball of fire, I am”.
A
expressão Ball of fire (tradução literal: bola de fogo) na gíria
significa uma pessoa animada, dinâmica, com muito entusiasmo,
ambiciosa... Para dar sentido a frase anterior do Sr. Cragg, traduzi
como sendo: “Sim.
Sou mesmo poderosa”.
Apenas a título de curiosidade: em 1941 Barbara Stanwyck estrelou,
ao lado de Gary Cooper, a “screwball comedy” (comédia
maluca)
BALL
OF FIRE
[BOLA
DE FOGO].
2) Mais
tarde, já em Nova Iorque, quando Jimmy
(um
ainda jovem John
Wayne)
diz a Lily
“Listen, Baby Face, how about having dinner tonight?”, achei
melhor traduzir “Baby Face” por “meu anjo”.
3) Numa
ligação telefônica intercontinental entre Nova Iorque e Paris, a
chamada é completada pela telefonista “transatlântico”. O termo
usado pode parecer estranho, mas nesse caso a palavra
“transatlântico” está sendo usada como adjetivo, e não como
substantivo.
4) Quando,
no filme, a personagem Chico
(Theresa
Harris)
canta um trecho da música “St.
Louis Blues”,
de 1914, trata-se de uma variação da letra original. A tradução
apresentada nas legendas também não é a literal.
THERESA
HARRIS
Um destaque
especial em BABY
FACE (1933)
é a atriz Theresa
Harris
(1911–1985), que interpretou a Chico.
Ela atuou em cerca de 90 filmes entre 1929 e 1958. Trabalhou em todos
os grandes estúdios e com a maioria das grandes estrelas. A maioria
de seus papéis era de empregada e geralmente não era creditada. Mas
sua atuação nos filmes não estava ligada aos estereótipos
geralmente associados, naquela época, com as atrizes e atores
negros. Algumas fontes dizem que ela nasceu em 1906, outras que foi
em 1909, mas o IMDb informa que foi em 1911.
Para saber
mais sobre Theresa
Harris
consulte a página dedicada a ela no IMDb:
Conheça
(ou relembre)
alguns
dos filmes nos quais Theresa
Harris
atuou.
Em
PROFESSIONAL
SWEETHEART (1933)
[Namoradeira
Profissional],
uma comédia romântica “Pre-Code” dirigida por William A. Seiter
e estrelada por Ginger
Rogers,
Theresa
Harris
foi Vera,
a sexy criada de quarto de Glory
Eden
(Ginger
Rogers).
Nessa história, Glory
Eden
foi contratada para ser a “Garota Pureza” da América mas devido
a certas restrições contratuais ela já aguentava mais ouvir falar
em pureza. Foi um filme bastante ousado para a época. E Theresa
Harris
não recebeu os créditos por sua participação.
Em BANJO
ON MY KNEE (1936)
[Um
Romance no Mississipi],
um filme do gênero comédia / drama / romance e com números
musicais dirigido por John Cromwell, Theresa
Harris
foi a responsável por uma cena de mais de 3 minutos ao fazer uma
brilhante interpretação da canção “St.
Louis Blues”
enquanto era observada por Pearl
Elliott
(Barbara
Stanwyck, a
protagonista do filme). E mesmo assim seu nome não foi creditado. A
cena em questão está disponível no YouTube:
Em JEZEBEL
(1938),
um drama dirigido por William Wyler, Theresa
Harris
é Zette,
a criada de Julie
Marsden (Bette
Davis).
Por sua atuação nesse filme Bette
Davis
recebeu seu segundo e último Oscar (o primeiro havia sido em 1935
por DANGEROUS
[Perigosa]).
O nome de Theresa
Harris
apareceu nos créditos finais de JEZEBEL.
Em THE
FLAME OF NEW ORLEANS (1941)
[Paixão
Fatal],
uma comédia dirigida por René Clair, Theresa
Harris
foi Clementine, a bela, inteligente e ardilosa criada da “condessa”
Claire Ledeux (Marlene
Dietrich)
e aqui ela ajudava sua patroa a dar golpes em homens ricos. O nome de
Theresa
Harris
apareceu nos créditos iniciais e finais desse filme.
E
provavelmente quem assistiu I
WALKED WITH A ZOMBIE (1943)
[A
Morta-Viva],
um filme de terror dirigido por Jacques Tourneur, deve lembrar-se de
Alma
(Theresa
Harris),
a criada que tentava convencer a enfermeira Betsy
Connell
(Frances
Dee)
de que um sacerdote vodu poderia fazer muito mais pela sua patroa do
que qualquer médico no mundo. Nesse filme seu nome foi creditado
como Teresa
Harris.
Só para
constar: no filme THE
WOMEN (1939)
[As
Mulheres],
dirigido por George Cukor, Theresa
Harris
apareceu numa cena de cerca de 20 segundos no papel de Olive,
uma espécie de “babá de cachorros” de um sofisticado salão de
beleza para mulheres chiques. Seu nome não foi creditado. Nesse
filme estão presentes, entre outras, Norma Shearer, Joan Crawford,
Rosalind Russell, Paulette Goddard e Joan Fontaine, mas Theresa
Harris
não contracenou com nenhuma delas.
BABY FACE
(1933)
SCREENSHOTS
Pra mim esta aparacendo que a senha esta errada.
ResponderExcluirAmigo a senha esta correta, veja se digitou certo, ou veja se algum arquivo não foi corrompido durante o download, esse é o principal problema de todos que não conseguem abrir.
ExcluirSe for isso a única maneira é baixar novamente
Filme maravilhoso e ousado até para hoje em dia onde a sexualidade feminina ainda é tão cheia de taboo.
ResponderExcluirPrecisa reupar os links pq esta fora do ar
ResponderExcluirpor favor façam isso