THE HEADLESS GHOST aka O FANTASMA SEM CABEÇA (1959)

SINOPSE:

Três adolescentes passam a noite em um castelo assombrado na Inglaterra e encontram um fantasma sem cabeça.

DIREÇÃO:

Peter Graham Scott

ELENCO:

Richard Lyon como Bill 

Liliane Sottane como Ingrid 

David Rose como Ronnie 

Clive Revill como o Quarto Conde 

Jack Allen como O Conde de Ambrose 

Alexander Archdale como Randolph 

Carl Bernard como Sgt. Grayson 

Josephine Blake como Dançarina 

John Stacy como Parker 

Don Bisset como Guia

Não creditados: 

 Mary Barclay como Lady Ambrose 

Trevor Barnett como Homem Forte 

Patrick Connor como Policial 

Nora Hammond (personagem sem nome)

"Smokey" como o gato que assustou Ingrid. O animal de estimação de Sr. & Sra. Cousens foi "descoberto" em Kingston Road SW19, perto dos Estúdios Merton Park. Foi enviado em um carro ao Estúdio e os seus honorários eram dois guinéus.

Nota: Não foi possível encontrar crédito para o ator que interpretou Malcolm, o Fantasma Sem Cabeça.

 

FORMATO: MKV/WEB DL

DURAÇÃO: 1 h 0 min

TAMANHO: 417 Mb

IDIOMA: Inglês

PAÍS DE ORIGEM: Inglaterra

FORMATO DO VÍDEO: 16:9 (720x 480)

LEGENDAS: Português de Portugal ( srt na pasta ) por Marta Morgado

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COMENTÁRIOS:

Três estudantes adolescentes juntam-se a uma visita guiada internacional a um castelo do século XIV em Inglaterra. Desprezando a insistência do proprietário na existência de fantasmas familiares, o trio fica para trás depois de todos os outros terem ido embora, com a intenção de provar que ele estava errado. Infelizmente, eles recebem mais do que aquilo por que esperavam.

Colaboração inconsequente de comédia fantasma entre Anglo-Amalgamated Pictures do Reino Unido e American International Pictures. Esta última, através dos produtores James H. Nicholson e Samuel Z. Arkoff e do diretor Roger Corman, tinha praticamente inventado o filme adolescente, inundando o circuito drive-in com uma sucessão interminável de filmes baratos e animados a partir de meados da década de 1950. A história deste foi co-criada pelo produtor Herman Cohen, que tinha alcançado uma certa notoriedade como o homem principal por detrás dos clássicos kitsch 'I Was A Teenage Werewolf' (1957) e 'I Was A Teenage Frankenstein' (1958).

Para além da gênese do projeto, e de algum provável apoio financeiro, a produção do filme está a cargo da Inglaterra. Mesmo os nossos dois personagens principais americanos são na realidade britânicos, e o "homem sério" David Rose pouco pode fazer para esconder o fato. O alívio cômico Richard Lyon é de fato o protagonista aqui, e faz consideravelmente melhor com o sotaque americano. Provavelmente porque os seus pais eram as estrelas de cinema norte-americanas Ben Lyon e Bebe Daniels, que se tinham estabelecido em Blighty após a guerra. Toda a família apareceu como 'eles próprios' no programa de rádio de sucesso 'Life with the Lyons', que durou seis anos e foi também transformado numa série de televisão e dois filmes.

Infelizmente, Lyon tem poucas chances de exibir as suas facetas de comédia nesta mistura inata de sustos confortáveis e piadas previsíveis meio confusas. O roteiro fornece à sua personagem uma versão leve do palerma covarde familiar a qualquer pessoa que se tenha sentado para ver um filme de Abbott e Costello ou Martin e Lewis, embora o humor seja visivelmente menos físico.

As maquinações do enredo giram em torno do fantasma sem cabeça de um dos antepassados da família, que precisa das partes do seu corpo unidas para pôr todos os fantasmas do castelo a descansar. Entre estes fantasmas bastante substanciais (eles lançam sombras!) está um jovem Clive Revill que, duas décadas mais tarde, apareceu como chefe de Darth Vader em "O Império Contra-Ataca" (The Empire Strikes Back, 1980). A história nunca é menos do que totalmente previsível e, apesar de correr apenas uma hora, o filme é frequentemente lento e inchado. Os fantasmas realizam um banquete medieval, que parece ser apenas uma desculpa para preencher tempo e exibir uma dança de Josephine Baker, que mais tarde se tornou uma estrela no palco londrino.

Talvez o maior mistério de todo o projeto gire em torno da nossa protagonista feminina, interpretada por Liliane Sottane. Ela retrata a estudante dinamarquesa loira e o par romântico de David Rose, Ingrid. Não há informação biográfica sobre a atriz, mas ela soa muito mais a um sotaque francês carregado do que a um da Escandinávia! Levanta a questão óbvia: se não conseguiram encontrar uma atriz do país certo, porque é que o diretor não se limitou a ajustar o roteiro e tornar a personagem francesa? Talvez já tivesse sido feito um acordo com um distribuidor dinamarquês sobre o entendimento de que um público "caseiro" teria um ponto de identificação com o filme? Se assim fosse, não posso deixar de pensar que não ficariam muito impressionados com o trabalho da voz de Sottane!

Tudo isto contribui para uma experiência bastante inofensiva, é claro, mas há pouco aqui para manter um público envolvido em qualquer nível.

Mark David Welsh

 

SCREENSHOTS: